quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Santa Bernardete Soubirous


Comemoração litúrgica: 16 de abril.  -  Também nesta data:  Santo Acácio, Bispo, Marçal, Calisto e Júlia

                                         A santíssima Mãe de Deus, para conferir  aos  homens mais uma de suas  infinitas graças, e para confundir o que no mundo se julga forte,  escolheu um instrumento, à preferência de  outros, débil, segundo a  divina economia que São Paulo exalta: "Deus escolheu o que é fraco no mundo, para confundir os fortes" (1Cor 1,27). Este instrumento era Bernarda Soubirous, nome hoje caríssimo e celebérrimo no mundo inteiro, mas naquele tempo, quando apenas quinze anos contava, de todos desconhecida.  
                                         Nascida  em Lourdes, região montanhosa dos Pirineus, a 7 de janeiro de  1844, filha de Francisco e Ludovica Casterot, dois dias  depois foi batizada e  recebeu o nome de Maria Bernarda. 
                                         Vivendo pobremente e  por algum tempo empregada  em  tomar conta do gado, crescia sem alguma doutrina humana, mas em suavíssima simplicidade de  costumes e  admirável candura de espírito, querida por Deus e  pela  Santíssima Virgem Mãe.  Maria observou a  humildade de  sua filha e  dignou a inocente menina , entre 11 de fevereiro a  16 de julho de  1858, de 18 aparições e  de  celeste colóquio. Na época, o bispo local,  que inicialmente duvidara  da versão da inculta menina, que afirmava as aparições, pôs ela à prova e pediu para que, na próxima aparição,  perguntasse à ela qual o seu nome. Bernardete, cumprindo o pedido do bispo, esclareceu à Virgem a indagação do bispo, no que Nossa Senhora respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição". Ao retornar, o bispo ouviu estupefato a resposta da menina, já que tratava-se de um dogma recém proclamado, o dogma da "Imaculada Conceição"  firmado há menos de quatro anos por Pio IX (1854) que, pelas dificuldades de comunicação da época, estava restrito ao conhecimento ainda dos setores mais elevados da Igreja.    
                                         Nesta, tão célebre aparição e ilustrada por Deus  por tantos sinais, pode-se notar um tríplice carisma, conferido à piedosa jovem. Chamamo-la antes de tudo: Vidente, porque diante de  numeroso povo,  arrebatada  em êxtase, foi maravilhosamente  deliciada com o bondoso aspecto da Virgem. Chamamo-la de  Mensageira da Virgem ao  mundo, porque por ordem de Maria pregou  penitência e oração ao povo;  mandou aos sacerdotes, que naquele lugar construísse um Santuário; predisse a  todos  a  glória, a santidade e  os futuros benefícios do  mesmo lugar. Por fim vemos nela a  Testemunha  da Verdade, porque a muitos  contradizentes, com o máximo candor de simplicidade, junto com  suprema prudência do  mandamento confiado da  Virgem, com admiração de todos os eclesiásticos e de  juízes seculares.  
                                         Todas estas coisas levadas  ao termo por divino impulso por uma  ignorante e inculta menina, Deus a  leva  longe  para a solidão de um convento, e quase desprezada pelo mundo, preparou-se  para  coisas  mais admiráveis, para que,  pregada na cruz  com Cristo e  com ele  quase sepultada, atingisse profundamente na humildade a  vida interior sobrenatural e, um dia  na luz da santidade ressurgindo ao mundo, com este estábil testemunho da  santidade  unisse nova glória ao  Santuário de  Lourdes. Por  isto, obedecendo ao chamamento de  Deus, em julho de  1867 se  transferiu para Nevers, para iniciar a  vida religiosa na Casa-Mãe das Irmãs da Caridade e  instrução cristã.  Terminado o noviciado no mesmo ano, fez os votos temporais e onze anos depois os perpétuos. Admiravelmente fulguraram nela as virtudes, mas sua alma virgem foi principalmente adornada daquelas  que mais convinha à discípula predileta da Virgem Maria:  Humildade  profunda, terníssima pureza e ardente caridade.  Provou-as  e aumentou-as com as dores de  uma longa enfermidade e  angústias de espírito que a atormentaram suportando-as  com suma  paciência.  Na mesma casa religiosa a  humildíssima  virgem  ficou até a morte, que depois de  recebidos  os  sacramentos  da  Igreja, invocando sua dulcíssima Mãe Maria, descansou santamente a  16 de abril de  1879, no trigésimo sexto ano de  idade,  e  duodécimo de  vida religiosa.
                                         Tendo ficado até este  ponto como debaixo do alqueire da humildade, com a morte  tornou-se resplandecente  a  todo o mundo.  Debaixo do pontificado de  Pio X, em 1923, foi iniciado o  processo de sua beatificação. A 14 de julho de  1925 o Papa  Pio XI lançou o nome da serva de Deus nos fatos dos bem-aventurados. Em contemplação aos grandes e inegáveis milagres, que Deus se dignou operar por sua serva, a causa foi reassumida em junho de 1926 e levada ao fim em 2 de julho de 1933.
                                         "Os acontecimentos que então se desenrolaram em Lourdes e cujas proporções espirituais melhor medimos hoje, são-vos bem conhecidos. Sabeis, caros filhos e veneráveis irmãos, em que condições estupendas, apesar de zombarias, de dúvidas e de oposições, a voz daquela menina, mensageira da Imaculada, se impôs ao mundo. Sabeis a firmeza e a pureza do testemunho, experimentado com sabedoria pela autoridade episcopal e por ela sancionado desde 1862. Já as multidões haviam acorrido e não têm cessado de precipitar-se para a gruta das aparições, para a fonte milagrosa, para o santuário elevado a pedido de Maria. É o comovente cortejo dos humildes, dos doentes e dos aflitos; é a imponente peregrinação de milhares de fiéis de uma diocese ou de uma nação; é a discreta diligência de uma alma inquieta que busca a verdade... Dizíamos nós: "Jamais num lugar da terra se viu semelhante cortejo de sofrimento, jamais semelhante irradiação de paz, de serenidade e de alegria!. E, poderíamos acrescentar, jamais se saberá a soma de benefícios de que o mundo é devedor à Virgem auxiliadora! "Ó gruta feliz, honrada pela presença da Mãe de Deus! Rocha digna de veneração, da qual brotaram abundantes as águas vivificadoras!" (...)  Estes cem anos de culto mariano teceram, ademais, entre a Sé de Pedro e o santuário pirenaico laços estreitos, que nos apraz reconhecer. A própria virgem Maria não desejou essas aproximações? "O que em Roma, pelo seu magistério infalível, o sumo pontífice definia, a Virgem Imaculada Mãe de Deus, a bendita entre as mulheres, quis, ao que parece, confïrmá-lo por sua boca, quando pouco depois se manifestou por uma célebre aparição na gruta de Massabielle". Certamente, a palavra infalível do pontífice romano, intérprete autêntico da verdade revelada, não necessitava de nenhuma confirmação celeste para se impor à fé dos fiéis. Mas com que emoção e com que gratidão o povo cristão e seus pastores não recolheram dos lábios de Bernardete essa resposta vinda do céu: "Eu sou a Imaculada Conceição"! " (Trecho da Carta Encíclica do Papa Pio XI - durante o centenário das aparições da SS. Virgem em Lourdes - 02 de julho de 1957)  
Reflexões
Bernardete, cavando o  solo com os seus  dedos  afiados, fazia surgir, pela graça de Nossa Senhora, uma fonte de água do milagre, o mais fecundo capítulo da apologética moderna. Recebeu um ministério novo, confiado a todos  os Santos. Cada  um deles, porém, tem  as suas características. As de Bernadete são a sua pequenez engrandecida pela força e pelo amor de Cristo. A sua condição humilde de  ontem, elevada hoje, à distribuidora de  grandes lições ao gênero humano. 
Mostrou-nos ela a Rainha  dos Santos; hoje começa a  ensinar-nos o espírito de santidade. Já não é o sobrenatural acima de nós, mas dentro de  nós. Já não nos convida a  irmos às bordas do Gave beber da água milagrosa;  o seu apelo  é para que vamos ao grande rio sacramental, onde  as  almas bebem a  santidade; e para que  consideremos como a humanidade se refaz, se  nobilita, se sublima, modelada em Cristo. 
A sua  voz dir-nos-á de futuro: Vêde, homens pequeninos,  materializados em  gozos efêmeros, o que pode a  ignorância, a humildade de  uma camponesa iletrada, transformada pelo Espírito Santo. 
É talvez mais bela  esta segunda missão do que a primeira. Depois de nos revelar a Virgem, mostra-nos o Espírito Divino. Com uma diferença: é que  a  Virgem vimo-la   através dos  olhos dela;  o Espírito vemo-la nela própria.    
Fonte: Pàgina Oriente

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

SÃO JOÃO BOSCO

São João Bosco,  bispo

Fundador da Pia Sociedade São Francisco de Sales
(Salesianos de Dom Bosco -  SDB)
                                           
S. João Bosco nasceu em Castelnuovo d'Asti, Piemonte, Itália, a 16 de Agosto de 1815, numa família de camponeses pobres. Desde pequeno sentiu-se chamado a dedicar a sua vida aos jovens, mas para realizar o seu sonho teve de vencer numerosas dificuldades e sujeitar-se a grandes privações e sacrifícios. Ordenado sacerdote em 1841, gastou todas as energias da sua natureza e todo o arrojo do seu zelo incansável na criação de obras educativas para a juventude abandonada, na defesa da fé ameaçada das classes populares, e na atividade missionária de evangelização de terras longínquas.
A 5 de Agosto de 1872, São João Bosco, com outra Santa, Maria Domingas Mazzarello, fundou as Filhas de Maria Auxiliadora (F.M.A) para a educação e promoção das jovens.  Anos depois, fundou os "Salesianos Externos", os "Cooperadores Salesianos". São leigos que desejam partilhar os mesmos anseios educativos para o bem da juventude pobre.
Desta espiritualidade salesiana, desabrochou um amplo movimento salesiano: um instituto de leigas consagradas (as "voluntárias de Dom Bosco"); muitas Congregações que aderem a este estilo de vida e tantos "amigos de Dom Bosco", que afetiva e operativamente se relacionam com este "mundo salesiano". Com sentimento de humilde gratidão, cremos que esta família não nasceu apenas de projeto humano mas por iniciativa de Deus. 
Recebem o nome de "Salesianos" as pessoas que pertencem à Família Salesiana de São João Bosco. A Família Salesiana foi fundada por São João Bosco para a educação e promoção da juventude mais pobre e a classe popular. A 3 de Abril de 1874 a Igreja aprovou a Congregação Salesiana formada por Sacerdotes e Irmãos que se propõem serem "sinais e portadores do amor de Deus aos jovens, especialmente aos mais pobres". O fundador deu a esta Congregação Religiosa o nome de "Sociedade de S. Francisco de Sales" porque a espiritualidade deste santo devia inspirar um estilo educativo que denominou "Sistema Preventivo". Para distinguir esta Congregação de outros institutos inspirados também em S. Francisco de Sales, mas não fundados por S. João Bosco, os membros deste Instituto recebem a sigla de S.D.B. (Salesianos de Dom Bosco).
DECRETO PONTIFÍCIO (Por ocasião da canonização de Dom Bosco)
No decorrer do século XIX, quando por toda a  parte, chegavam à maturação os venenosos frutos de destruição da sociedade cristã, cujos germes haviam sido tão largamente disseminados pelo século anterior,  a Igreja,  principalmente na Itália, viu-se à mercê de muitas procelas contra si levantadas, nesses  tristes tempos, pela maldade dos  homens.  Contemporaneamente, porém, a  misericórdia divina enviou, para auxílio de  sua Igreja,  válidos campeões,  para que evitassem a ruína e  conservassem entre o nosso povo a  mais preciosa das heranças  recebidas dos Apóstolos – a fé genuína de Cristo.
De fato, no meio  das  dificuldades  daqueles  tempos, surgiram entre nós, homens de ilibadíssima santidade e, mercê de sua prodigiosa atividade, nenhum assalto dos  inimigos, logrou desmantelar as muralhas de Israel. 
Sobressai entre os demais, por elevação  e espírito de grandeza de obras, o Bem-Aventurado João Bosco que, no tristíssimo evoluir dos tempos se constituiu, durante o século passado, qual marco miliário apontando aos  povos o caminho da  salvação.  Porquanto,  “Deus o suscitou para justiça”, segundo a expressão de Isaías, e “dirigiu todos os  seus passos”.  E, na verdade,   o Bem-aventurado João Bosco, por virtude do Espírito Santo, resplandeceu diante de nós como modelo de sacerdote feito segundo o coração de Deus, como educador inigualável da juventude, como  fundador de novas famílias religiosas e  como propagador da fé. 
De humilde condição, nasceu João Bosco numa  casa campestre, perto de “Castelnuovo d’Asti”, de  Francisco   e  Margarida Occhiena, pobres mas virtuosos cristãos, aos 16 de agosto de  1815.  Tendo perdido o pai na tenra idade de  dois anos, cresceu na piedade sob a  sábia e  santa guia materna. Desde menino, resplandeceu nele  uma índole excelente, a que andavam unidas  grande agudeza de  engenho e tenacidade de  memória, aprendendo num instante quanto lhe era ensinado pelos  mestres, primando sempre, sem contestação, nas classes, pela rapidez no aprender e  facilidade de  intuição.  
Depois de  alguns anos de áspera e  laboriosa  pobreza,  que lhe rebusteceu a fibra, preparando-o para as mais árduas  provas,  com o consentimento da mãe e recomendação do bem-aventurado José Cafasso, entrou para o seminário de Chieri, onde,  por espaço de seis  anos, se dedicou com ótimo aproveitamento, aos estudos.   Recebeu, finalmente, a ordenação sacerdotal, em Turim, aos  05 de junho de  1841.  Poucos  meses após, admitido ao Colégio Eclesiástico de  São Francisco de Assis, sob a direção do bem-aventurado José Cafasso, exercitou com grande vantagem  das almas, o ministério sacerdoral nos hospitais,  nos cárceres, no confessionário e  na pregação da palavra de  Deus.
Formado assim neste exercício prático do  sagrado ministério, sentiu acender-se,  mais viva do que nunca em seu espírito,  a peculiar vocação alimentada por inspiração divina desde  sua adolescência, qual a  de  atender e dirigir para o bom caminho a  juventude, particularmente a  abandonada.  Sua perspicácia havia já intuído, de quanta utilidade devesse ser este meio para preservar a sociedade da  ruína a  que estava ameaçada e, para a atuação de tal desígnio, dirigiu os esforços de seu nobre coração com tão felizes resultados que, entre os educadores cristãos contemporâneos, figura ele  indubitavelmente,  em primeiro lugar. 
O próprio nome “Oratório”, dado à sua instituição,  faz-nos ver  sobre quão firme base tenha construído todo o edifício, isto é,  sobre a doutrina e piedade cristã, sem a  que baldada se  torna, qualquer tentativa de  arrancar às paixões viciosas o coração dos jovens e endereça-lo para ideais  mais nobres.  Nisto, porém,  usava ele tanta doçura que os jovens quase que, espontaneamente, sorviam e amavam a  piedade, não já constrangidos, mas por verdadeira convicção, e uma vez  ganho seu afeto, levá-los-ia sem dificuldade  para o bem.  
A fim de perpetuar a  existência de sua obra e  prover assim mais eficazmente a  educação juvenil, animado pelo Bem-aventurado José Cafasso e pelo Papa Pio IX, de santa memória,  fundou a “Pia Sociedade de  São Francisco de Sales” e, algum tempo depois, o “Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora”.  
Hoje as  duas famílias formam  um conjunto de  quase  vinte mil membros,  espalhados por todo o mundo em cerca de  mil e quinhentas Casas.  Milhares e milhares de  crianças de ambos os sexos recebem sua formação literária e profissional.  Seus  Filhos e  Filhas também  se encarregam , generosamente,  da assistência aos  enfermos e aos leprosos e, alguns deles,  contraindo este terrível  morbo,  sucumbiram  vítimas  de sua caridade.  Dignos  filhos de tão grande Pai!
Nem deve  passar desapercebida a  instituição dos  Cooperadores, isto é,  uma associação de fiéis, em sua maioria  leigos que,  animados do  mesmo espírito da  Sociedade  Salesiana e  como essa  dispostos a  qualquer obra de caridade,  tem por escopo prestar, segundo as  circunstâncias,  válido  auxílio aos  párocos, aos  bispos  e ao mesmo Sumo  Pontífice.  Primeiro e  notável  ensaio de  “”Ação católica!”
A Associação  foi aprovada por Pio IX e,  em vida ainda do bem-aventurado Jão Bosco,  alcançou  a  cifra de oitenta  mil sócios.  
Mas, o zelo das almas que lhe ardia no peito,  não se limitou tão somente ao  círculo das  nações católicas;  alargando o  horizonte de sua caridade, enviou os missionários de  sua família religiosa à conquista dos gentios  para Cristo.  
Aos primeiros que,  chefiados por João Cagliero, de santa e gloriosa  memória, se dedicaram  à evangelização das extremas terras da  América  Meridional, surgiram muitos e  muitos  outros  salesianos que espalhados agora aqui e ali pelo mundo,  levam intrepidamente o cristianismo aos povos infiéis.
Quantas e quão grandes coisas  tenha ele  feito e  padecido pela  Igreja e  pela tutela dos direitos do romano Pontífice, seria difícil dizer-se.  Pode-se  aplicar, portanto, ao bem-aventurado João Bosco, as palavras que temos de Salomão:  Deus lhe deu sapiência e prudência  extremamente grande,  e magnitude imensurável como a areia  que está na praia do mar.  (3 Re,  4, 29).   Deu-lhe Deus sapiência,  pois que, renunciando a  todas as coisas terrenas, aspirou unicamente promover a  glória de Deus e a  salvação das almas. Era seu mote:  “Dai-me as  almas e ficai-vos com o resto”.
Cultivou em grau supremo a  humildade;  tornou-se insigne no espírito de oração, tendo a mente sempre unida a Deus,  se  bem que parecesse continuamente distraída por uma multidão de afazeres.  
Nutria  extraordinária devoção para com Maria Santíssima Auxiliadora,  e  experimentou inefável alegria quando pode  edificar em sua honra, na cidade de  Turim,  o célebre templo, do alto de  cuja cúpula campeia a  Virgem Auxiliadora, Mãe e  Rainha, sobre toda a casa de Valdoco.  
Morreu  santamente no Senhor, em Turim,  aos  31 de janeiro de  1888.  Crescendo, dia a dia,  sua fama de santidade, foram, pela Autoridade Ordinária, instaurados os processos;  a causa da beatificação foi introduzida por Pio X, de santa memória, em 1907.  A Beatificação foi depois solenemente celebrada na Basílica Vaticana, com regozijo de  toda a Igreja, no dia 2 de junho de 1929.  
Reencetada a  Causa no ano seguinte, foram feitos os processos sobre duas curas que pareciam devessem ser atribuídas a  milagre divino. Pelo decreto de 19 de novembro deste ano,  foram aprovados os dois milagres operados por Deus e  atribuídos à intercessão do Bem-aventurado.  
Desfeita a última dúvida, isto é,  se  em vista da aprovação dos  dois  milagres, depois que a Santa Sé concedera culto público ao Bem-aventurado,  se poderia  proceder com segurança à sua solene  Canonização.  Esta dúvida  foi proposta ao Eminentíssimo Cardeal Alexandre Verde, Ponente ou Relator da Causa, na Congregação geral da S.C. dos Ritos, realizada em presença do Santo Padre no dia 28 de novembro.  Todos os eminentíssimos Cardeais presentes, Oficiais, Prelados e  Padres Consultores deram parecer unânime e  afirmativo, parecer que o Santo Padre jubilosamente aceitou, deferindo, todavia, o seu juízo para o dia 3 de dezembro, primeiro domingo do advento. Portanto, o Santo Padre, em 3 de dezembro de  1933, dia também consagrado a São Francisco Xavier,  padroeiro da Obra da Propagação da fé, fez a solene  declaração neste sentido.  A canonização teve lugar a 1 de abril de  1934, no dia da Ressurreição, último Ano Santo da Redenção,  na presença de toda a  Corte Pontifical, no meio de um esplendor extraordinário,  diante de perto de  300.000 pessoas.  
São José Cafasso – canonizado em 1947 pelo Papa Pio XII. (Consta no texto como “bem-aventurado” porque o decreto pontifício é anterior à  sua canonização.)

Corpo Incorrupto
 Seu corpo permanece incorrupto na Basílica Maria Auxiliadora de Turim, Itália. (Fonte da incorrupção: http://sanjuanbosco33135.tripod.com/id31.html)


Reflexões:
São João Bosco é uma das figuras mais eminentes, entre os santos dos nossos  dias.  O bem que fez à família de  Cristo na terra e  com isto às almas, é extraordinário.  A nota caracterítica em sua vida e em sua obra, é o zelo pelas almas.   Outro interesse  não conhecia, a não ser este:  Ganhar almas para o céu.   Este zelo o fazia exclamar:  “Dai-me almas,  senhor,  com todo o mais podereis ficar”. 
No trabalho pela salvação das almas, se esquece de si próprio, sacrifica comodidade, conforto e  saúde.  É incansável.  Dia e noite está ocupado com a realização de seu ideal:  Implantar nos corações dos jovens o amor a  Cristo e à Mãe Santíssima.  Seu apostolado, abençoado e  acompanhado pela mãe,  é grandioso e  universal.  Não há ramo de  ação  católica que a obra de São João Bosco não abranja:  Ensino, doutrina, arte, caridade e  imprensa.  Assim, este  grande santo apresenta a personificação mais completa de Nosso  Senhor  em nossos dias.  Sua vida ativa e contemplativa é a vida de  Jesus Cristo em perfeita imitação. 
Demos graças a Deus por ter dado este grande apóstolo à Igreja Católica e  peçamos-lhe a graça de, por intercessão de  seu santo servo,  crescermos cada vez mais no amor a Jesus Cristo,  a  sua Santa Igreja  e aumente-nos de  dia para dia o zelo apostólico pela salvação das almas.  Zelo pela salvação das almas não é virtude que  somente aos sacerdotes deve  pertencer.  O mandamento da caridade se  dirige a todos,  e  a petição “venha a nós ,o Vosso reino”, do Pai-Nosso,  fala-nos do dever que temos de trabalhar pela solidificação e propagação do Reino de Deus  sobre a terra.  Os pais devem zelar pela santificação dos seus filhos;  os superiores  tem obrigação de  promover a vida  em Deus dos seus súditos. Cada estado  tem deveres  especiais, que se relacionam ao bem  espiritual do próximo. 
Quem julga que nada pode fazer pela salvação do próximo, faça  uso da oração e  edifique o próximo pelo bom exemplo.  Quem  diz não saber em que intenções deve rezar,  ótimas indicações poderá encontrar  nas intenções mensais do Apostolado da Oração, abençoadas  pelo Santo Padre.
Fonte: Página Oriente

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A Força da Amizade


             Aqui vai um testemunho de quem vive isto, essa força é presente em minha vida. A primeira frase que vem no meu coração é que amizade é DOM DE DEUS, fruto de um desejo que o próprio Deus coloca em seu coração. E colocou no meu há muitos anos. Eu pedia sempre assim: “Senhor eu quero ter uma melhor amiga” E 16 anos atrás me apresentou a minha melhor amiga, fruto da minha oração, do meu sonho. O quê eu não sabia era que Deus sempre tem um plano de amor, Ele não me daria simplesmente uma melhor amiga, Ele a transformaria minha melhor amiga em na minha companheira de santidade, minha companheira de caminhada, formaria em nos um desejo de servir, e nos daria uma missão.
            Hoje todas as vezes que leio na Palavra: “Quem encontrou um amigo encontrou um tesouro” (Eclo 6, 14) penso Senhor você me permite viver esta palavra, concretizou em mim a sua Palavra e louvo por isto.
            Em nossa caminhada e luta contra o pecado, principalmente na missão de servir, precisamos de alguém ao nosso lado nos dando força, nos mostrando o outro lado.
Entendo claramente porque Jesus enviava de dois em dois.
Somos fracos sozinhos, somos frágeis, e o discernimento sem um irmão do lado torna as coisas muito mais difíceis.
            O amigo é um bem tão precioso em nossas vidas.
Ter uma pessoa que não precisa das suas palavras, tem o seu olhar, não precisa de explicação, conhece seu coração, não precisa te julgar, partilha da sua alma, não precisa do teu perdão, pois o perdão acontece naturalmente; tem o mesmo Deus como Senhor, a mesma missão de amor (servir). O mais lindo é como somos diferentes, nossos pensamentos, maneira de ver as coisas, mas o amor é o mesmo, a crença, o olhar em Deus e o amor a Maria.
            Com o amigo você também tem desavenças e às vezes seu coração se magoa, fruto da nossa humanidade e fragilidade de sentimentos, o amigo não tem medo de verdades sabem que os que os une é mais forte, confiam na amizade.
            O amigo tem autoridade da palavra, pois sabe que o amor corrige.
O amigo é a forma mais sublime que Deus usa de nos corrigir.
Termino como comecei o amigo é um DOM DE DEUS!

Silvania

IMPERDÍVEL!!!

EVANGELHOS (APÓCRIFOS) DE São BARTOLOMEU e SÃO PEDRO