Paz e fogo, amados!
Deus me fez missionário e assim, me proporcionou uma graça muito grande de verificar a realidade de muitos lugares e grupos onde fui chamado a pregar. Pude ver muitos grupos tentando sair da UTI com diversas formas. E quando falo disso, não digo que não há esperança ou menosprezando a algum grupo que esteja definhando em número, mas direciono meu olhar para a pregação dentro de um grupo de oração ou evento RCC ou outro qualquer.
Sempre ouvi dizer que em grupos de oração o pregador deveria pregar de forma querigmática, na unção do Espírito Santo.
Percebo, em minha humilde percepção, que muitos "pregadores" querem mostrar conhecimento demais e esquecem da unção.
Outros "pregadores" são muito bons como formadores.
Outros ainda são melhores se buscassem aprimorar sua forma de dar palestras.
Não quero dizer com isso que sou melhor nisso ou naquilo, absolutamente. Mas que percebo nos olhos de quem escuta tais "pregações" as mais diversas reações - e na maioria das vezes, reações que mostram descontentamento. Tenho conferido de perto a manifestação do poder de Deus através de pregadores e inclusive através de minhas pregações.
Já experimentei também a frustrante expeiência de pregar e perceber que estava sem unção alguma. Depois que comecei a depender de Deus para preparar a pregação e me preparar para a mesma, pude perceber um grande crescimento pessoal e espiritual, pois me coloquei diante da Palavra de Deus, fonte de nossa pregação. Me coloquei diante do Deus da Palavra, pois Ele é quem inspirou os hagiógrafos na composição da Bíblia, e como tenho ouvido nas formações, não tem como falar bem de quem não se conhece bem.
Como falar de Deus frutuosamente sem conhecê-Lo bem?
Meu relacionamento com Deus melhorou em 1.000% e isso tem edificado minha casa e minhas pregações.
Como certa vez, num grupo de oração, onde a maioria dos participantes eram senhoras, e no final da pregação uma senhora testemunhava que sua perna doía muito há anos e depois daquela pregação já não sentia mais a tal dor. Ou uma outra irmã do mesmo grupo que dizia que queria a mesma coisa que eu estava pregando, sentir a mesma unção, conhecer o mesmo Deus de quem eu falava...
Irmãos!
Comecemos pela primeira lição: ORAR.
Intimidade com Deus!
"A fé vem da pregação e a pregação é péla Palavra de Cristo (Rom. 10, 17).
Se Jesus é o Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós, o verbo sai de alguma boca, e sendo esta boca a Deus, Irmãos! Tanto mais comungamos o Cristo, tanto mais temos o verbo de Deus em nós e então as coisas começam a fluir! Pois a oração pessoal começa a ser uma necessidade constante para manter o Cristo Vivo dentro de nós pela adoração.
Deus tem fome e sede de almas e saciá-Lo é nosso dever missionário por excelência!
Dar almas a Ele através de nosso ministério de pregação é um dever nosso, satisfazer esta fome divina é uma satisfação enorme dentro de meu coração quando percebo a mudança no semblante de cada pessoa quando prego, chego me emociono ao escrever isso, pois é minha vida estar enxertado no Coração de Jesus e deixar que Ele fale pela ação do Espírito santo em mim.
Pregar com unção é dar valor às almas que Cristo nos confia numa pregação marcada...
É dar uma hora de oração pessoal a Jesus para escutar do Mestre o que Ele tem para nós naquele dia, naquela missão, naquela pregação para tal povo...
É adorá-Lo em Espírito e em verdade de alma...
É buscar a conversão diária por zelo pelas almas que nos são confiadas...
É se alimentar do Pão da Palavra todos os dias, estudando-a, contemplando-a...
É se santificando para a missão a cada instante...
É se ocupar de Deus ao invés de se preocupar com o que vem de fora...
É ter ciência de que somos filhos amados desse Deus amor que ama incansavelmente seu povo.
Se quiser pregar, pregue, mas com unção. Se quiser unção, busque em Deus esta unção necessária para aquele momento e eternize tal momento numa eterna busca desse Deus que unge seus servos para a missão e nos chama de amigos para sabermos o que seu Senhor está fazendo...
Paz e fogo.
Seu irmão e servo em Cristo, Antonio Lucio
PS.: Testemunhe com seu comentário o que Deus fez em você ou tocou através deste artigo. Faça alguém crescer com seu testemunho.
"Pois a fé vem da pregação e a pregação é pela Palavra de Deus" (Romanos 10, 17)
quinta-feira, 1 de março de 2012
FAMÍLIA - PROJETO ORIGINAL DE DEUS
Uma pregação muito boa sobre família do nosso saudoso Padre Léo, que nos fala em alto e bom som que a Família, não é qualquer coisa, mas um projeto original de Deus.
Confira!
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Dogma da Imaculada Conceição
Com as palavras “Maria
Concebida Sem Pecado” confessamos, que Maria,
por uma exceção especial, em virtude dos
futuros merecimentos de cristo, desde o primeiro instante de sua
vida ficou isenta do pecado original e revestida foi da graça
santificante. Não é assim com as outras
criaturas humanas.
Desde o princípio da nossa existência, carecemos
da graça santificante, sendo que esta graça estatui um
verdadeiro pecado, não pessoal, é claro, mas um pecado da natureza,
chamado pecado original por ser uma
conseqüência do pecado dos primeiros
pais.
O mistério da
Imaculada conceição, exclui o pecado,
isto é, o pecado original e
conseqüentemente duas coisas, inseparavelmente ligadas a este:
A desordenada concupiscência e o pecado pessoal;
inclui, porém, a
posse da graça santificante.
O que tem nome de pecado, é
a ausência culpada da graça
santificante. A presença desta significa a ausência, a extinção
daquele. Maria,
desde o princípio era
possuidora da graça santificante
e, junto com esta, de todos
os bens que a acompanharam,
isto num grau não comum, mas numa abundância tal, que Santo nenhum até
o fim de sua vida chegou a possuí-la. Inerente a
este dom da graça santificante se achava
outro privilégio, o da perseverança final. Também Eva possuía
inicialmente a graça
santificante; perdeu-a, porém,
pela transgressão do Mandamento de Deus. Não assim Maria.
Na sua vida não houve um momento sequer, em
que se visse privada
da graça de Deus; pelo
contrário: esta lhe
crescia de maneira tão exuberante, que não podemos
dela formar idéia.
A alma, ou o coração
de Maria no mistério da Imaculada Conceição não é comparável a um
recipiente, puro sim, e sem mácula, destituído entretanto de qualquer
adorno; antes se
assemelha com um vaso riquíssimo transbordando de todas as
espécies de tesouros
e preciosidades da ordem sobrenatural;
obra-prima, maravilhosa da terra e
do céu, da natureza e da graça
de Deus e a complacência do divino artífice seu Criador.
Não como nós,
pobres filhos de
Eva, desfigurados pelo pecado, semelhantes a tristes espinheiros,
crestados pelo sol, Maria pelo contrário se ostenta bela,
luminosa, envolta em claridade
celestial, qual lírio puríssimo, encanto dos Anjos e dos Santos
do céu. “Como a açucena
entre os espinhos, assim é a minha amiga entre as
donzelas”. (Cant. 2,
2)
O mistério da Imaculada
Conceição é de suma importância, sem restrição alguma, belo e
glorioso.
É uma glória
para Deus, para a Santíssima Trindade. O Pai é a majestade, a suma do
poder, a autoridade sem par, criadora, vivificadora, legisladora e
governadora. Este poder, porém, consiste
não só em dar leis e aplicar castigos, como também em isentar
da lei e agraciar, quando e
da maneira que lhe apraz.
Cometido o primeiro
pecado no Paraíso, para todos os filhos
de Adão foi criada a lei da morte espiritual, da privação, da graça
santificante para o primeiro momento da vida, lei da qual isenta
só ficou Maria, em atenção à sua missão excepcional e única, à sua futura vida, a nossa
vida pela maternidade divina.
O Filho é a sabedoria
e a Redenção. O sangue de Cristo é o remédio contra a morte do
pecado. Em Maria, porém, produziu um efeito extraordinário. Em todos
os outros homens tira o
pecado, extingue-o e restabelece o estado da graça.
Em Maria, porém, teve este efeito desde o princípio. A
Imaculada Conceição é, portanto, o fruto mais nobre e
grandioso da morte do Salvador, como também prova do grande amor
de Jesus a sua Mãe. O
Espírito Santo é a bondade,
o amor e a generosidade de Deus
em distribuir bens naturais e sobrenaturais.
Na Imaculada Conceição este Divino Espírito manifesta uma
bondade inesgotável, não só em ter adornado Maria de bens naturais
extraordinários, como também, e principalmente em tê-la
enriquecido de dons e graças divinas.
Pelo curso normal o Espírito Santo dá a graça santificante
depois do nascimento, no
sacramento do batismo. Muito poucos são os que foram santificados,
quando ainda no seio da mãe, assim São João Batista e talvez São José;
mas só Maria desde o primeiro momento da sua vida gozou deste
privilégio. Todos os demais, o Espírito Santo santifica num determinado grau:
Maria, porém, foi agraciada de uma maneira tão abundante, que
da plenitude das graças, a Ela
dispensada, não se pode fazer idéia.
Desta forma o mistério
da Imaculada Conceição constitui uma glorificação da SS. Trindade. Não
menos glorioso e de suma importância ele é também para Maria. A
Imaculada Conceição é o fundamento da grandeza e magnificência
desta, em três sentidos. Primeiro: É o fundamento da sua santidade. A
santidade consiste antes de tudo na isenção de todo o pecado, na posse
da graça santificante e das virtudes e dons concomitantes. Preservada que foi do pecado original, Maria ficou livre também
do pecado pessoal. Em sua Conceição recebeu uma harmonia tal de todas
as energias físicas e morais, um temperamento tão particularmente
eficientes, que em toda a sua vida nunca houve manifestação de
concupiscência; por isto pecado venial, nenhum, por mais leve que
fosse, cometeu. É esta a doutrina de Santo Agostinho e do Concílio de
Trento. O tesouro da santidade da Mãe de Deus, sempre aumentando,
cresceu a graus incalculáveis, uma vez pelo afluxo de graças
extraordinárias, como também pela sua fidelíssima cooperação e as
circunstâncias especiais da sua vida. Toda essa riqueza
incomensurável tem sua razão, seu fundamento na Imaculada Conceição.
Em segundo lugar é este mistério a condição preliminar e
preparação adequada para a excelsa dignidade que Maria possuía, de Mãe
de Deus e Rainha do céu e da terra. Como o Salvador em sua tenra infância
poderia unir-se tão estreitamente, e tão intimamente descansar junto a
um coração que, por um momento aliás, tivesse
sido morada e domínio de Satanás?
Como poderia ela, sua rainha,
se apresentar aos
coros dos Anjos, que nunca perderam a graça santificante, se pelo
pecado tivesse sido escrava do demônio?
Na Imaculada Conceição,
o poder de Maria Santíssima tem o seu fundamento. Pureza, inocência e
santidade são valores por Deus muito apreciados, valores a que é
atribuído certo poder imperativo junto à divina majestade. Com quanto
mais razão deve-se isto afirmar da pureza de Maria que, nem por sombra
de pecado sequer empanada, realmente é o reflexo da luz eterna,
o espelho sem mácula, a imagem da divina bondade! (Sab 7, 26). Numerosas, grandes e admiráveis
são as prerrogativas deste ser abençoado: O nascimento virginal do
Salvador, a integridade perfeita e a incorruptibilidade do corpo, a
ressurreição e assunção antes do dia do juízo e da consumação dos
séculos. De todas estas exceções é a da Imaculada Conceição por
Maria a mais apreciada. As demais prerrogativas necessárias, eram
concedidas sob certas suposições, e sempre condicionalmente; mas o
privilégio de por nenhum momento se achar sujeito ao pecado, este sob
todos os pontos de vista, era necessário, indispensável. Ainda mais:
Diante da hipótese de poder escolher qualquer distinção, a
todas ela poderia renunciar, menos a da Imaculada conceição. Por isto,
na missa deste dia, a
igreja põe nos lábios de Maria as
seguintes palavras: “Regozijar-me-ei
no Senhor e minha alma exultará de alegria em meu Deus;
porque me revestiu com vestimenta de salvação, e me cobriu com
o manto de santidade, como
uma esposa com suas
galas” (Is. 61, 10) . “Louvar-vos-ei,
Senhor, porque me livrastes
e não deixastes que meu inimigo zombasse de min. (Sal 29, 3)
O mistério da Imaculada
Conceição é de suma importância para nós, para a Igreja, para o
mundo inteiro. Sua solene proclamação como dogma em 1854, foi um
progresso, um novo elo na evolução da nossa fé. Não é este dogma
uma invenção da Igreja.
Antiqüíssimo, fazia parte das verdades reveladas, estava incluído no depósito da fé. Até
aquele ano, o católico
tinha liberdade de crer ou não crer na Imaculada
Conceição; podia
rejeitar esta doutrina, sem incorrer numa heresia.
Houve de fato doutores da Igreja e Santos que não a aceitaram.
Hoje o mundo inteiro está convencido da verdade do mistério: A criança
que sabe seu catecismo, pensa sobre esta doutrina com mais acerto que
aqueles grandes
teólogos e espíritos de escol e iluminados.
O mistério e
sua elevação a dogma é a confirmação
de uma nova declaração da lei moral sobrenatural, que somos destinados
à uma vida sobrenatural; que
a graça é-nos indispensável para alcançar este
fim; que a perda culposa e a
falta de graça é a essência do pecado, e todos, com exceção de
Maria, como filhos de Adão, estamos sujeitos ao pecado.
Tudo isto o dogma da Imaculada Conceição diz e ensina ao mundo
materializado e ímpio. Portanto, sua proclamação é um solene
protesto contra o racionalismo e materialismo;
é a condenação destas ideologias,
que não querem saber da verdade e ordem sobrenaturais;
que rejeitam a doutrina sobre o pecado, a redenção e tudo que
se eleva acima da vida material e da
observação sensitiva. Ao mesmo tempo,
apresentando Maria como ente perfeitíssimo na ordem da graça,
é para nós animação poderosa a nos aproximar desta ordem, e a nossa
vida ordenar segundo seus princípios.
Finalmente descobrimos
no mistério da Imaculada Conceição um penhor da graça e da bênção divinas para o mundo nosso contemporâneo. Seus
pecados são muitos e graves. Basta
apontar os seguintes: Impiedade,
dissolução de costumes, revolta
contra Deus e a autoridade
legitimamente estabelecida, perseguição contra a Igreja. Um grande
merecimento, entretanto, não lhe pode ser negado: o de ter aceito o
dogma da Imaculada Conceição, e com esta homenagem ter adornado a
cabeça de Nossa Senhora com uma coroa de incomparável e
indestrutível valor. A Pobre humanidade
pode, portanto, esperar por uma resposta amável e misericordiosa
daquela que é sua Mãe. Uma grande graça o mundo já experimentou, que
pode ser considerada favor do céu e efeito da intercessão da Santíssima
Virgem. As circunstâncias em que se realizou a proclamação dogmática
da Imaculada Conceição, já eram um prelúdio da dogmatização da
infalibilidade do Papa. Quando
Pio IX, a 8 de dezembro de 1854,
na Basílica de São Pedro proclamava a bula da
Imaculada Conceição, alguns
bispos presentes exclamaram: “É isto a
infalibilidade do próprio Papa”.
Tinham eles razão, porque o papa, sem ter assistência de um
Concílio, por sua própria autoridade fez esta proclamação.
Poucos anos depois o
Concílio Vaticano elevou a Dogma a infalibilidade pessoal do papa.
Desta maneira, Maria Santíssima retribuiu honra com honra, e deu à
igreja o remédio mais necessário para curar os males dos nossos dias.
Assim, o mistério da
Imaculada Conceição projeta raios de luz em todas as
direções: raios de
glorificação a Deus, sobre a SS. Trindade, cuja essência e bondade tão
admiravelmente revela; raios
de louvor e honra sobre Maria, cujas prerrogativas e
santidade tão prestigiosamente desvenda;
raios de bênção, de graças e de consolações para o mundo, tão
necessitado de uma Mãe e poderosa protetora.
Terminando esta meditação,
três resoluções se nos impõe:
Primeiro: de
dar graças à SS. Trindade por tudo que de grandioso e de bom no
mistério da Imaculada conceição operou para sua maior glória, em
benefício de Maria e para nosso proveito. Regozijemo-nos.
“O grande sinal, a mulher vestida
de sol, tendo a lua aos pés e a coroa
de estrelas cingindo a sua cabeça”, apareceu. O dragão fugiu,
voltando às trevas e ao desespero.
Graças demos a Deus e, a Maria,
apresentemos as nossas
felicitações. Realmente:
“ Tota pulchra es Maria, et
macula originalis non es in te”. -
Toda sois formosa, sem a mancha do pecado original.
Segundo: De
a Deus,
por Maria pedir à Igreja, ao mundo inteiro e
a nós todos, advenham as bênçãos
que por este mistério Deus intencionava espargir. Muitos benefícios já
recebemos; outros tantos
esperamos que nos sejam feitos por intermédio da Virgem Mãe Imaculada.
Terceiro: De
encher-nos de ódio e repugnância ao pecado e de veneração à
graça santificante.
A Imaculada Conceição
é o mistério da paz e do
perdão. O pecado original é o menor entre os pecados graves de que
podemos ser inculpados. Mas
nem este o Salvador tolera.
Quanto mais intimamente ele se liga a uma criatura humana, tanto mais
longe dela deve o pecador ficar. Por isto, e completamente do pecado
isentou sua Mãe. Deve ser
para nós forte incentivo de fugirmos do pecado, de dar todo valor à
graça e a conservar. Nossa honra, nossa riqueza, nossa formosura e
nossa felicidade consistem unicamente na graça
santificante.
No mistério da
Imaculada Conceição encontramos o auxílio para adquirir esta graça e
a conservar. É para nós o penhor da esperança, da consolação, do
conforto e da vitória,
como o tem sido para a humanidade desde o princípio da sua existência.
À Virgem Imaculada recorramos, quando a tentação de nós se aproxima.
Neste sinal, terrível que é para o inferno, e para nós prometedor,
teremos a vitória final e a salvação.
REFLEXÕES
Por um privilégio
especialíssimo Maria Santíssima ficou isenta da culpa original. A alma
da Mãe foi criada no estado da graça santificante e
nesta permaneceu. Graça
igual não recebeste. Concebido em pecado, em pecado nasceste.
Mas Deus purificou tua alma, no sacramento do batismo. Milhares e
milhares não tiveram esta graça. No céu não puderam entrar, porque
nada de impuro lá entra. Por
que te concedeu Deus, em sua infinita bondade, a graça do batismo?
Quanta gratidão deves, pois, a
Deus tão bondoso, por te ter dado tamanha distinção! O batismo, porém,
é somente a primeira graça que recebeste do Criador, para alcançares
a vida eterna. Deve-se aliar-lhe uma vida santa, de perfeito acordo com
os Mandamentos da Lei de Deus. “Aquele que disse ser necessário o
batismo, o renascimento da água e do Espírito Santo, disse também: Se
vossa justiça não for maior que a dos fariseus e dos escribas, não
entrareis no reino dos céus!” (Santo
Agostinho)
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Nossa Senhora do Rosário de Pompéia
Comemoração
litúrgica: 07 de outubro.
Ao Venerado Irmão Francesco Saverio TOPPI
Arcebispo-Delegado Pontifício
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amém
fonte: Página Oriente
No ano de 79 ocorreu
a famosa erupção do Vulcão Vesúvio, que sepultou a cidade pagã de Pompéia (Sul da Itália).
Ali a aristocracia romana gostava de passar o tempo com
entretenimentos e foi
surpreendida pela súbita destruição.
No início do Século
IX instalaram-se nas proximidades famílias de campesinos que erigiram
uma humilde capela. Em 1872 chegou o advogado Bartolo Longo (beatificado
em 26 de outubro de 1980), que
trabalhava para a Condessa de Fusco, dona dessas terras. Logo descobriu
que, depois da morte do sacerdote, já não haviam missas na capela e
poucos seguiam firmes na fé.
Uma noite, o advogado
Bartolo Longo viu em sonhos a um amigo morto anos atrás, que lhe disse:
“Salva a esta gente Bartolo! Propaga
o Rosário. Estimula-os
para que o rezem. Maria
prometeu a salvação para aqueles que
fizerem”. Assim, Longo trouxe de Nápoles muitos Rosários para
distribuir e encorajou também
a vários vizinhos que o ajudassem a reformar a capela.
A população começou a rezar o Rosário, cada vez em maior número.
Em 1878, Longo obteve
de um convento de Nápoles um quadro de Nossa Senhora entregando o Santo
Rosário a São Domingos e Santa Rosa de Lima.
Estava deteriorado mas um pintor o restaurou. Este mudou a figura
de Santa Rosa pela de Santa Catarina de Siena. Posta sobre o altar do
Templo, ainda que inacabada, a Virgem Santíssima começou a operar
milagres.
Em 08 de maio de
1887, o cardeal Mônaco de Valleta, colocou na venerada imagem um
diadema de brilhantes benta pelo Papa Leão XII e em 08 de maio de 1891,
deu-se a solene consagração do novo Santuário de Pompéia, que
existe atualmente.
CARTA DE JOÃO
PAULO II
POR OCASIÃO DO 125° ANIVERSÁRIO
DA CHEGADA DO QUADRO DE
NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO A POMPÉIA
POR OCASIÃO DO 125° ANIVERSÁRIO
DA CHEGADA DO QUADRO DE
NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO A POMPÉIA
Ao Venerado Irmão Francesco Saverio TOPPI
Arcebispo-Delegado Pontifício
1.
A Igreja que está em Pompéia, no decurso do Grande Jubileu do Ano
2000, regozijar-se-á com um ulterior dom de Graça. No próximo dia 13
de Novembro celebra-se, com efeito, o 125° aniversário da chegada do
Quadro de Nossa Senhora do Rosário. Esta "visita" de Maria
mudou o rosto espiritual e civil de Pompéia, que desde 1975 se
transformou cada vez mais em cidadezinha da oração, centro de irradiação
do Evangelho, lugar de numerosas graças e conversões, ponto de referência
de piedade mariana, para o qual olham de todas as partes do mundo.
Ao
unir-me espiritualmente à Comunidade eclesial de Pompéia nesta feliz
circunstância, desejo agradecer ao Senhor os dons com que a enriqueceu,
implorando, pela intercessão da Virgem Santa, especiais favores
celestes sobre Vossa Excelência, Venerado Irmão, e sobre todos os que
estão confiados aos seus cuidados pastorais.
2.
O Grande Jubileu e esta vossa especial data evocam-se reciprocamente e
oferecem particulares motivos de reflexão e de ação de graças. O Ano
Santo coloca no centro da atenção dos crentes o mistério da encarnação
do Verbo e convida-os a contemplar Aquele que "tinha a condição
divina, mas não se apegou à Sua igualdade com Deus. Pelo contrário,
esvaziou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-Se
semelhante aos homens" (Fl 2, 5-7). Pompéia é a terra do
Santo Rosário, onde o fervoroso brotar do coração dos fiéis da oração
do Ave Maria leva a contemplar a disponibilidade interior com que
a Virgem Santa recebeu na fé o anúncio do nascimento do Filho de Deus
na condição humana.
De
igual modo o convite, que ecoa no acontecimento jubilar a pôr-se em
amorosa escuta da Palavra de Deus e a conformar a própria vida com o
Evangelho, encontra um eco feliz na prática dos Quinze Sábados, que
Bartolo Longo difundiu entre os fiéis, com a intenção de os estimular
à contemplação de Cristo. Como não ver depois uma sintonia eloqüente
entre o nascimento humilde e pobre do Redentor na manjedoura de Belém e
o contexto de igual modo simples e modesto no qual chegou a Pompéia o
Quadro de Nossa Senhora?
Também
a "mística Coroa", que a todos os que a ela se dirigem a
Virgem oferece como "Cadeia doce que reata a Deus", se revela
instrumento precioso para compreender melhor e viver as grandes dimensões
do Jubileu. O Rosário, que Bartolo Longo considera quase um baluarte
contra os inimigos da alma, une aos Anjos, e é "porto seguro no
naufrágio comum" (Súplica à Rainha do S. Rosário de Pompéia).
3.
O Jubileu, na sua mensagem mais profunda, é chamamento à conversão e
estímulo a uma autêntica renovação pessoal e social. Ao entrar no
novo milênio a comunidade cristã é convidada a alargar o próprio
olhar de fé até horizontes novos para o anúncio do Reino de Deus. A
autoconsciência, que ela maturou com o Concílio Vaticano II do próprio
mistério e da tarefa apostólica que lhe fora confiada pelo seu Senhor,
empenha-a a viver no mundo sabendo que deve ser "o fermento e a
alma da sociedade humana, a qual precisa renovar-se em Cristo e
transformar-se em família de Deus" (cf. Incarnationis
mysterium, 2).
Os
cristãos podem encontrar no Rosário uma ajuda eficaz no empenho de
realizar na sua vida estes objetivos do Jubileu. Convidando a aceitar
com a admiração de Maria, de José, dos Pastores, dos Reis Magos e de
todos os pobres de Israel o anúncio do nascimento do Filho de Deus na
condição humana, os Mistérios gozosos suscitam nos cristãos,
como já acontecera com o Fundador do Santuário de Pompéia e com
outros numerosos devotos da Virgem do Santo Rosário, o desejo de levar
aos homens do nosso tempo com renovado fervor o jubiloso anúncio do
Salvador.
Através
da contemplação dos Mistérios dolorosos, o Rosário faz sentir
aos fiéis a dor dos pecados e, convidando a ter confiança na ajuda
d'Aquela que reza "por nós pecadores agora e na ora da nossa
morte", facilita o desejo de receber o Sacramento da Reconciliação
a fim de corrigir as estruturas da própria vida. Por este caminho, o
Beato Bartolo Longo encontrou a força para
reorganizar a própria existência e tornou-se dócil à
ação do Espírito Santo, o único que
transforma os pecadores em santos.
Através
da contemplação de Cristo que ressuscitou e subiu ao céu, os Mistérios
gloriosos introduzem no oceano da vida trinitária, comunicada pelo
Espírito Paráclito a todos os crentes e, de maneira especial, a Maria
nossa Mãe e irmã. Olhando para ela que subiu ao céu e está na glória
dos Santos, os cristãos são encorajados a admirar e desejar as
"coisas lá do alto", e aspirando pela meta eterna tomam
consciência dos meios necessários para a obterem, isto é, a
fidelidade aos mandamentos divinos, a freqüência aos Sacramentos da
Igreja e a humilde adesão à vontade de Deus.
Também
o empenho pela unidade dos crentes em Cristo e pela fraterna concórdia
entre as Nações, reproposto pelo Grande Jubileu, encontra motivo de
especial sintonia com o aniversário que o Santuário de Pompéia
celebra este ano. No Jubileu de Novecentos no início deste nosso século
XX, o beato Bartolo Longo quis realizar como voto pela paz a fachada
monumental do Santuário, recolhendo ofertas e subscrições dos fiéis
de todas as partes do mundo. Também a paz é agora, no alvorecer do
terceiro milênio, o desejo fervoroso da humanidade e é preciso rezar
com confiança pela paz em todas as partes da terra.
4.
Venerado Irmão no Episcopado, formulo profundos votos por que, seguindo
o exemplo do beato Bartolo Longo, esta Comunidade diocesana saiba captar
nestes acontecimentos de graça um premente estímulo para anunciar com
renovado fervor Jesus Cristo, Redentor do homem. A este propósito, o
plano pastoral elaborado para este ano jubilar demonstra-se como nunca
oportuno.
Ele
inspira-se na trilogia "humildade, simplicidade, pobreza"; uma
trilogia que caracterizou a vida terrena de Jesus, o estilo de Maria e
também o programa ascético do beato Bartolo Longo. Como deixar de
recordar que do nada e com meios pobres e humildes, ele, guiado pelo Espírito,
erigiu em Pompéia um Santuário que hoje tem uma irradiação mundial?
Os escritos do Beato, que já então alcançavam pessoas de todas as línguas
e nações, continuam a oferecer úteis estímulos para a reflexão e a
vida espiritual.
Esta
herança preciosa, que representa para vós um singular título de
honra, seja por vós acolhida e reproposta à sociedade de hoje, para
que no templo de Pompéia, onde a Mãe continua a mostrar o seu Filho
divino como único Salvador do mundo, numerosos homens e mulheres em
busca da paz possam fazer a experiência jubilosa da "visita"
de Cristo, vivida por Isabel e por João Baptista, por ocasião do
encontro com a Virgem (cf. Lc 1, 39-56).
Com
estes votos, invoco, por intercessão do Beato Bartolo Longo, sobre
Vossa Excelência, Venerado Irmão, sobre os sacerdotes, os religiosos e
as religiosas, sobre toda a Comunidade diocesana, e sobre os peregrinos
e devotos, a materna proteção da Rainha do Santo Rosário e, de bom
grado concedo a todos uma especial Bênção apostólica.
Vaticano,
8 de Dezembro de 1999, solenidade da Imaculada Conceição da
Bem-aventurada Virgem Maria.
Oração à Nossa Senhora do Rosário de Pompéia
Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos ensinastes
a recorrer a vós e com confiança chamar-vos de "Pai Nosso que
estais no Céu". Ó Senhor, infinitamente bom, a quem é dado usar
sempre de misericórdia e perdoar; por intercessão da Imaculada Virgem
Maria, ouvi-nos, a nós que nos gloriamos do título de devotos do Rosário,
aceitai as nossas humildes orações dando-vos graças pelos benefícios
recebidos, e tornai perpétuo e cada dia mais glorioso o trono que lhe
elevastes no Santuário de Pompéia, pelos merecimentos de Jesus Cristo,
Senhor Nosso. Amém.
Rogai
por nós Rainha do Sacratíssimo RosárioPara que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amém
fonte: Página Oriente
Santa Catarina Labouré
Comemoração
litúrgica: 31 de dezembro
Muito conhecida e apreciada
é a Medalha Milagrosa da Imaculada
Conceição. Foi Nossa
Senhora mesma que a mostrou e
propagou por intermédio de
uma religiosa, irmã
de caridade ou vicentina, Catarina
Labouré. Nasceu perto de Tijon, na
França em 02 de maio de 1806 e recebeu no batismo
o nome de Zoé. Já desde
pequena teve o desejo de
consagrar a vida a Deus. Como
a mãe lhe tivesse
morrido cedo, o pai julgou não poder
deixar ir a filha ao convento. Para
retê-la no mundo, mandou-a a Paris. Ali
Zoé ainda mais desgostou do mundo e de suas
vaidades. O pai, vendo que ela
era firme na
vocação religiosa, consentiu
que entrasse no convento das Vicentinas. Tinha ela
então 24 anos e foi chamada
Irmã Catarina.
Feito o noviciado, foi mandada a um hospital em
Paris onde serviu a Deus até a sua morte durante
45 anos.
Foi em no ano de 1830 que Nossa Senhora lhe apareceu
mostrando-lhe a Medalha Milagrosa e
mandou que a propagasse. Encontrou primeiro
resistência até do seu
diretor espiritual, mas afinal as
autoridades eclesiásticas
convenceram-se da verdade das
aparições. Muitos milagres, curas de
doentes e conversões foram feitas pela Medalha
Milagrosa.
Catarina, porém, desejava ficar oculta;
como São João Batista, a respeito
de Jesus dizia: " Ele
deve crescer, e eu diminuir", assim
Catarina desejava: "Maria deve crescer e
eu diminuir" . Mas Deus e Maria
Glorificaram a fiel serva: Foi ela
beatificada por Pio XI em 28 de maio de
1933, domingo entre Ascensão
de Nosso Senhor e Pentecostes e
solenemente canonizada por Pio XII em
27 de julho de
1947.
Seu corpo permanece incorrupto e encontra-se exposto na Capela de Notre
Dame, na França. (Visite a Capela das aparições, onde
encontra-se depositado o corpo de Santa Catarina acesando - http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com/PO/B3.asp
).
Reflexões:
Que rica e preciosa é pois a
Santa Medalha que a nossa Mãe do
céu nos veio trazer em 1830!
E como a devemos estimar e
apreciar! Mas crescerá muito
mais a nossa estima se soubermos compreender
as lições que Maria
Santíssima nos quis dar na
mesma Medalha; ei-las em resumo: No
anverso vemos a imagem de Nossa Senhora,
toda bela, toda bondosa, com as mãos carregadas de raios
luminosos, os quais segundo Ela mesma disse,
representam as graças que derrama sobre as pessoas
que lhas pedem, e toma cuidado de nos dizer como
devemos pedi-las, ensinando-nos a
oração: " Ó
Maria, concebida sem pecado,
rogai por nós que
recorremos a vós".
Santa Catarina de Bolonha
Comemoração
litúrgica: 09 de março.
Santa Catarina é também conhecida como Catarina de Virgi
ou Vigni. Nasceu em 8 de
setembro de 1413 em Bolonha, Itália, sendo ela filha de um diplomata a
serviço do marquês de Ferrara. Diz a tradição que seu pai
recebera em visões o anúncio do nascimento da filha. Quando
completou 11 anos de idade, foi
escolhida para ser a dama de companhia da recém casada
filha do marquês, compartilhando com ela o
seu aprimoramento educacional. Isso
durou até completar 14 anos, idade em que decidiu abandonar a corte para
abraçar a vida religiosa. Ingressou
na Ordem Franciscana como Irmã das Clarissas Pobres, onde obteve
sucessivos progressos espirituais e admiração por ser fiel cumpridora
dos preceitos de Deus e da Igreja. Por sua conduta exemplaríssima tornou-se
uma das grandes santas da Idade Média.
Através da intercessão do Papa Nicolau V foi erigida
uma clausura no convento das Clarissas em Ferrara, onde Catarina
foi eleita Madre Superiora. Gozava
de grande reputação pela vida austera e piedosa,
não só diante da comunidade, mas do próprio Papa Nicolau V. Foi
também responsável pelo estabelecimento de
um convento de Clarissas Pobres em 1456, na cidade de Bolonha, onde assumiu o cargo de Abadessa.
Mística, profetisa e visionária, glorificava a Deus
operando grandes milagres em Seu nome. Também era pintora e decifrava
manuscritos como que iluminada por um anjo. Conta-se que num dia de Natal recebeu
uma visão de Jesus nos braços de Maria. Desta visão que teve, Catarina
pintou em um quadro que se encontra atualmente no Museu do Vaticano.
Faleceu em 9 de março de 1463 em Bolonha, Itália e foi
enterrada sem caixão e não foi embalsamada. Após dezoito
dias depois, decidiram exumar
seu corpo devido a inúmeros milagres
que ocorriam junto de sua tumba, bem como pelo odor de perfume que exalava
constantemente de seu túmulo, ocasião em que seu corpo foi encontrado incorrupto.
Diante disso foi chamado o doutor Maestro Giovanni
Marcanova, que examinou o
corpo e não pode explicar o fato. Assim, decidiram
vestir seu corpo com novo hábito e
o colocaram em uma cadeira, sentado, junto
a uma capela especial, mantendo-se incorrupto até hoje,
portanto, por mais de 540 anos. Nas
últimas décadas, foram e
ainda são realizadas a cada dois anos, radiografias da coluna vertebral e
as análises até o momento comprovam que não houve deterioração ou
desvio da coluna, que
se mantém perfeitamente ereta como
a de uma pessoa adulta, sustentando
o corpo e a cabeça. O que se observa apenas é a mudança da coloração
da pele, que hoje apresenta-se na cor marrom.
A arte litúrgica a apresenta como uma Clarissa pobre
carregando o Menino Jesus ou em um trono com um livro em uma das mãos e
na outra uma cruz, aludindo
a imagem que se vê em seu
corpo incorrupto. Escreveu um
livro intitulado: “ Tratado
em armas espirituais” e “Revelações”.
Foi canonizada em 22 de maio de 1712 pelo Papa Clemente
XI e é padroeira da Academia de arte de Bolonha,
dos pintores e das artes liberais.
Oração:
Senhor Deus, que enriquecestes Santa
Catarina de Bolonha de dons celestes, concedei-nos imitar as suas virtudes
na terra e participar com ela das alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Página Oriente
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