quinta-feira, 1 de março de 2012

PREGAR COM UNÇÃO

Paz e fogo, amados!
Deus me fez missionário e assim, me proporcionou uma graça muito grande de verificar a realidade de muitos lugares e grupos onde fui chamado a pregar. Pude ver muitos grupos tentando sair da UTI com diversas formas. E quando falo disso, não digo que não há esperança ou menosprezando a algum grupo que esteja definhando em número, mas direciono meu olhar para a pregação dentro de um grupo de oração ou evento RCC ou outro qualquer.
Sempre ouvi dizer que em grupos de oração o pregador deveria pregar de forma querigmática, na unção do Espírito Santo.
Percebo, em minha humilde percepção, que muitos "pregadores" querem mostrar conhecimento demais e esquecem da unção.
Outros "pregadores" são muito bons como formadores.
Outros ainda são melhores se buscassem aprimorar sua forma de dar palestras.
Não quero dizer com isso que sou melhor nisso ou naquilo, absolutamente. Mas que percebo nos olhos de quem escuta tais "pregações" as mais diversas reações - e na maioria das vezes, reações que mostram descontentamento. Tenho conferido de perto a manifestação do poder de Deus através de pregadores e inclusive através de minhas pregações.
Já experimentei também a frustrante expeiência de pregar e perceber que estava sem unção alguma. Depois que comecei a depender de Deus para preparar a pregação e me preparar para a mesma, pude perceber um grande crescimento pessoal e espiritual, pois me coloquei diante da Palavra de Deus, fonte de nossa pregação. Me coloquei diante do Deus da Palavra, pois Ele é quem inspirou os hagiógrafos na composição da Bíblia, e como tenho ouvido nas formações, não tem como falar bem de quem não se conhece bem.
Como falar de Deus frutuosamente sem conhecê-Lo bem?
Meu relacionamento com Deus melhorou em 1.000% e isso tem edificado minha casa e minhas pregações.
Como certa vez, num grupo de oração, onde a maioria dos participantes eram senhoras, e no final da pregação uma senhora testemunhava que sua perna doía muito há anos e depois daquela pregação já não sentia mais a tal dor. Ou uma outra irmã do mesmo grupo que dizia que queria a mesma coisa que eu estava pregando, sentir a mesma unção, conhecer o mesmo Deus de quem eu falava...
Irmãos!
Comecemos pela primeira lição: ORAR.
Intimidade com Deus!
"A fé vem da pregação e a pregação é péla Palavra de Cristo (Rom. 10, 17).
Se Jesus é o Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós, o verbo sai de alguma boca, e sendo esta boca a Deus, Irmãos! Tanto mais comungamos o Cristo, tanto mais temos o verbo de Deus em nós e então as coisas começam a fluir! Pois a oração pessoal começa a ser uma necessidade constante para manter o Cristo Vivo dentro de nós pela adoração.
Deus tem fome e sede de almas e saciá-Lo é nosso dever missionário por excelência!
Dar almas a Ele através de nosso ministério de pregação é um dever nosso, satisfazer esta fome divina é uma satisfação enorme dentro de meu coração quando percebo a mudança no semblante de cada pessoa quando prego, chego me emociono ao escrever isso, pois é minha vida estar enxertado no Coração de Jesus e deixar que Ele fale pela ação do Espírito santo em mim.
Pregar com unção é dar valor às almas que Cristo nos confia numa pregação marcada...
É dar uma hora de oração pessoal a Jesus para escutar do Mestre o que Ele tem para nós naquele dia, naquela missão, naquela pregação para tal povo...
É adorá-Lo em Espírito e em verdade de alma...
É buscar a conversão diária por zelo pelas almas que nos são confiadas...
É se alimentar do Pão da Palavra todos os dias, estudando-a, contemplando-a...
É se santificando para a missão a cada instante...
É se ocupar de Deus ao invés de se preocupar com o que vem de fora...
É ter ciência de que somos filhos amados desse Deus amor que ama incansavelmente seu povo.
Se quiser pregar, pregue, mas com unção. Se quiser unção, busque em Deus esta unção necessária para aquele momento e eternize tal momento numa eterna busca desse Deus que unge seus servos para a missão e nos chama de amigos para sabermos o que seu Senhor está fazendo...
Paz e fogo.
Seu irmão e servo em Cristo, Antonio Lucio
PS.: Testemunhe com seu comentário o que Deus fez em você ou tocou através deste artigo. Faça alguém crescer com seu testemunho.

FAMÍLIA - PROJETO ORIGINAL DE DEUS



Uma pregação muito boa sobre família do nosso saudoso Padre Léo, que nos fala em alto e bom som que a Família, não é qualquer coisa, mas um projeto original de Deus.
Confira!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Dogma da Imaculada Conceição


Com as palavras “Maria Concebida Sem Pecado” confessamos, que Maria,  por uma exceção especial, em virtude dos  futuros merecimentos de cristo, desde o primeiro instante de sua vida ficou isenta do pecado original e revestida foi da graça santificante. Não é assim com as outras  criaturas  humanas. Desde o princípio da nossa existência, carecemos  da graça santificante, sendo que esta graça estatui um verdadeiro pecado, não pessoal, é claro, mas um pecado da natureza, chamado pecado original por ser  uma conseqüência  do pecado dos primeiros  pais.
O mistério da  Imaculada conceição, exclui o pecado,  isto é, o pecado original e  conseqüentemente duas coisas, inseparavelmente ligadas a este:  A desordenada concupiscência e o pecado pessoal;  inclui, porém,  a  posse da graça santificante.  O que tem nome de pecado,  é a  ausência culpada da graça santificante. A presença desta significa a ausência, a extinção daquele.  Maria,  desde o princípio  era possuidora da graça  santificante e, junto com esta,  de todos os  bens que a acompanharam, isto num grau não comum, mas numa abundância tal, que Santo nenhum até o fim de sua vida chegou a possuí-la. Inerente a  este dom da graça  santificante se  achava outro privilégio, o da perseverança final. Também Eva possuía inicialmente a  graça santificante;  perdeu-a, porém, pela transgressão do Mandamento de Deus. Não assim Maria.  Na sua vida não houve um momento sequer, em  que se visse  privada da graça de Deus;  pelo contrário:  esta lhe crescia de maneira tão exuberante, que não podemos  dela  formar idéia.
A alma, ou o coração de Maria no mistério da Imaculada Conceição não é comparável a um recipiente, puro sim, e sem mácula, destituído entretanto de qualquer  adorno;  antes se assemelha com um vaso riquíssimo transbordando de todas as  espécies de  tesouros e preciosidades da ordem sobrenatural;   obra-prima, maravilhosa da terra e  do céu, da natureza e da  graça de  Deus e a  complacência do divino artífice seu Criador. 
Não como nós, pobres  filhos de  Eva, desfigurados pelo pecado, semelhantes a tristes espinheiros, crestados pelo sol, Maria pelo contrário se ostenta bela,  luminosa, envolta em claridade  celestial, qual lírio puríssimo, encanto dos Anjos e dos Santos do céu.  “Como a açucena entre os espinhos, assim é a minha amiga entre as  donzelas”. (Cant.  2, 2)
O mistério da Imaculada Conceição é de suma importância, sem restrição alguma, belo e glorioso.
                                                            É uma glória para Deus, para a  Santíssima  Trindade. O Pai é a majestade, a suma do poder, a autoridade sem par, criadora, vivificadora, legisladora e  governadora.  Este poder, porém, consiste  não só em dar leis e aplicar castigos, como também em isentar da lei e  agraciar, quando e da maneira que lhe apraz.  
Cometido o primeiro pecado no Paraíso, para todos os  filhos de Adão foi criada a lei da morte espiritual, da privação, da graça  santificante para o primeiro momento da vida, lei da qual isenta só ficou Maria, em atenção à  sua missão excepcional e única, à sua futura vida, a nossa vida pela maternidade divina.   O Filho é a  sabedoria e a Redenção. O sangue de Cristo é o remédio contra a morte do pecado. Em Maria, porém, produziu um efeito extraordinário. Em todos os  outros homens tira o pecado, extingue-o e restabelece o estado da graça.  Em Maria, porém, teve este efeito desde o princípio. A Imaculada Conceição é, portanto, o fruto mais nobre e  grandioso da morte do Salvador, como também prova do grande amor de Jesus a sua Mãe.  O Espírito Santo é a  bondade, o amor e a generosidade de  Deus em distribuir bens naturais e  sobrenaturais.  Na Imaculada Conceição este Divino Espírito manifesta uma bondade  inesgotável, não só em ter adornado Maria de bens naturais  extraordinários, como também, e principalmente em tê-la enriquecido de dons e graças divinas.  Pelo curso normal o Espírito Santo dá a graça santificante depois  do nascimento, no sacramento do batismo. Muito poucos são os que foram santificados, quando ainda no seio da mãe, assim São João Batista e talvez São José;  mas só Maria desde o primeiro momento da sua vida gozou deste privilégio. Todos os  demais, o Espírito Santo santifica num determinado grau:  Maria, porém, foi agraciada de uma maneira tão abundante, que da plenitude das graças, a  Ela  dispensada, não se pode fazer idéia.  
Desta forma o mistério da Imaculada Conceição constitui uma glorificação da SS. Trindade. Não menos glorioso e de suma importância ele é também para Maria. A Imaculada Conceição é o fundamento da grandeza e magnificência desta, em três sentidos. Primeiro: É o fundamento da sua santidade. A santidade consiste antes de tudo na isenção de todo o pecado, na posse  da graça santificante e das virtudes e dons concomitantes.  Preservada que foi do pecado original, Maria ficou livre também do pecado pessoal. Em sua Conceição recebeu uma harmonia tal de todas as energias físicas e morais, um temperamento tão particularmente eficientes, que em toda a sua vida nunca houve manifestação de concupiscência; por isto pecado venial, nenhum, por mais leve que fosse, cometeu. É esta a doutrina de Santo Agostinho e do Concílio de Trento. O tesouro da santidade da Mãe de Deus, sempre aumentando, cresceu a graus incalculáveis, uma vez pelo afluxo de graças extraordinárias, como também pela sua fidelíssima cooperação e as  circunstâncias especiais da sua vida. Toda essa riqueza incomensurável tem sua razão, seu fundamento na Imaculada Conceição.  Em segundo lugar é este mistério a condição preliminar e preparação adequada para a excelsa dignidade que Maria possuía, de Mãe de Deus e Rainha do céu e da terra. Como o Salvador em sua tenra infância poderia unir-se tão estreitamente, e tão intimamente descansar junto a um coração que, por um momento aliás, tivesse  sido morada e domínio de Satanás?   Como poderia ela, sua rainha,  se  apresentar aos coros dos Anjos, que nunca perderam a graça santificante, se pelo pecado tivesse sido escrava do demônio?
Na Imaculada Conceição, o poder de Maria Santíssima tem o seu fundamento. Pureza, inocência e santidade são valores por Deus muito apreciados, valores a que é atribuído certo poder imperativo junto à divina majestade. Com quanto mais razão deve-se isto afirmar da pureza de Maria que, nem por sombra de pecado sequer empanada, realmente é o reflexo da luz eterna,  o espelho sem mácula, a imagem da divina bondade! (Sab 7, 26).  Numerosas, grandes e  admiráveis são as prerrogativas deste ser abençoado: O nascimento virginal do Salvador, a integridade perfeita e a incorruptibilidade do corpo, a ressurreição e assunção antes do dia do juízo e da consumação dos séculos.  De todas estas exceções é a da Imaculada Conceição por Maria a mais apreciada. As demais prerrogativas necessárias, eram concedidas sob certas suposições, e sempre condicionalmente; mas o privilégio de por nenhum momento se achar sujeito ao pecado, este sob todos os pontos de vista, era necessário, indispensável. Ainda mais:  Diante da hipótese de poder escolher qualquer distinção, a todas ela poderia renunciar, menos a da Imaculada conceição. Por isto, na  missa deste dia, a igreja põe nos lábios de Maria as  seguintes palavras:  “Regozijar-me-ei no Senhor e minha alma exultará de alegria em meu Deus;  porque me revestiu com vestimenta de salvação, e me cobriu com o manto de  santidade, como uma esposa  com suas galas” (Is. 61, 10) .  “Louvar-vos-ei, Senhor,  porque me livrastes e não deixastes que meu inimigo zombasse de min. (Sal 29, 3)
O mistério da Imaculada Conceição é de suma importância para nós, para a Igreja, para o mundo inteiro. Sua solene proclamação como dogma em 1854, foi um progresso, um novo elo na evolução da nossa fé. Não é este dogma uma  invenção da Igreja. Antiqüíssimo, fazia parte das verdades   reveladas, estava incluído no depósito da fé. Até aquele  ano, o católico tinha liberdade de crer ou não crer na Imaculada  Conceição;  podia rejeitar esta doutrina, sem incorrer numa heresia.  Houve de fato doutores da Igreja e Santos que não a aceitaram. Hoje o mundo inteiro está convencido da verdade do mistério: A criança que sabe seu catecismo, pensa sobre esta doutrina com mais acerto que aqueles  grandes  teólogos e espíritos de escol e iluminados.
O mistério e  sua elevação a  dogma é a  confirmação de uma nova declaração da lei moral sobrenatural, que somos destinados à uma vida sobrenatural;  que a graça é-nos indispensável para alcançar este  fim; que a perda culposa e  a falta de graça é a essência do pecado, e todos, com exceção de Maria, como filhos de Adão, estamos sujeitos ao pecado.  Tudo isto o dogma da Imaculada Conceição diz e ensina ao mundo materializado e ímpio. Portanto, sua proclamação é um solene protesto contra o racionalismo e materialismo;  é a condenação destas  ideologias, que não querem saber da verdade e ordem sobrenaturais;  que rejeitam a doutrina sobre o pecado, a redenção e tudo que se eleva acima da vida material e  da observação sensitiva. Ao mesmo tempo,  apresentando Maria como ente perfeitíssimo na ordem da graça, é para nós animação poderosa a nos aproximar desta ordem, e a nossa vida ordenar segundo seus  princípios. 
Finalmente descobrimos no mistério da Imaculada Conceição um penhor da graça e  da bênção divinas para o mundo nosso contemporâneo. Seus pecados são muitos e graves.  Basta apontar os seguintes:  Impiedade, dissolução de costumes,  revolta contra Deus e a  autoridade legitimamente estabelecida, perseguição contra a Igreja. Um grande merecimento, entretanto, não lhe pode ser negado: o de ter aceito o dogma da Imaculada Conceição, e com esta homenagem ter adornado a  cabeça de Nossa Senhora com uma coroa de incomparável e indestrutível valor. A Pobre humanidade  pode, portanto, esperar por uma resposta amável e misericordiosa daquela que é sua Mãe. Uma grande graça o mundo já experimentou, que pode ser considerada favor do céu e efeito da intercessão da Santíssima Virgem. As circunstâncias em que se realizou a proclamação dogmática da Imaculada Conceição, já eram um prelúdio da dogmatização da infalibilidade do Papa.  Quando Pio IX, a 8 de dezembro de  1854, na Basílica de São Pedro proclamava a bula da  Imaculada Conceição,  alguns bispos presentes exclamaram: “É isto a  infalibilidade do próprio Papa”.    Tinham eles razão, porque o papa, sem ter assistência de um Concílio, por sua própria autoridade fez esta proclamação.  Poucos  anos depois o Concílio Vaticano elevou a Dogma a infalibilidade pessoal do papa. Desta maneira, Maria Santíssima retribuiu honra com honra, e deu à igreja o remédio mais necessário para curar os males dos nossos dias.  
Assim, o mistério da Imaculada Conceição projeta raios de luz em todas as  direções:  raios de glorificação a Deus, sobre a SS. Trindade, cuja essência e bondade tão admiravelmente revela;  raios de louvor e honra sobre Maria, cujas prerrogativas e  santidade tão prestigiosamente desvenda;  raios de bênção, de graças e de consolações para o mundo, tão necessitado de uma Mãe e poderosa protetora. 
Terminando esta meditação, três resoluções se nos impõe:   Primeiro:  de  dar graças à SS. Trindade por tudo que de grandioso e de bom no mistério da Imaculada conceição operou para sua maior glória, em benefício de Maria e para nosso proveito. Regozijemo-nos.  “O grande sinal,  a  mulher vestida de sol, tendo a lua aos pés e a  coroa de estrelas cingindo a sua cabeça”, apareceu. O dragão fugiu, voltando às trevas e ao  desespero. Graças  demos a Deus e,  a  Maria, apresentemos as  nossas felicitações.  Realmente: “ Tota pulchra es Maria,  et macula originalis non es in te”. -  Toda sois formosa, sem a mancha do pecado original.   Segundo:  De  a  Deus,  por Maria pedir à Igreja, ao mundo inteiro e  a nós todos, advenham as  bênçãos que por este mistério Deus intencionava espargir. Muitos benefícios já recebemos;  outros tantos esperamos que nos sejam feitos por intermédio da Virgem Mãe Imaculada.    Terceiro:  De  encher-nos de ódio e repugnância ao pecado e de veneração à graça  santificante.
A Imaculada Conceição é o mistério da paz e  do perdão. O pecado original é o menor entre os pecados graves de que podemos ser inculpados.   Mas nem este o Salvador  tolera. Quanto mais intimamente ele se liga a uma criatura humana, tanto mais longe dela deve o pecador ficar. Por isto, e completamente do pecado isentou sua Mãe.  Deve ser para nós forte incentivo de fugirmos do pecado, de dar todo valor à graça e a conservar. Nossa honra, nossa riqueza, nossa formosura e nossa felicidade consistem unicamente na graça  santificante.
No mistério da Imaculada Conceição encontramos o auxílio para adquirir esta graça e a conservar. É para nós o penhor da esperança, da consolação, do conforto e  da vitória, como o tem sido para a humanidade desde o princípio da sua existência. À Virgem Imaculada recorramos, quando a tentação de nós se aproxima. Neste sinal, terrível que é para o inferno, e para nós prometedor, teremos a vitória final e a  salvação.
 REFLEXÕES
Por um privilégio especialíssimo Maria Santíssima ficou isenta da culpa original. A alma da Mãe foi criada no estado da graça santificante e  nesta permaneceu.  Graça  igual não recebeste. Concebido em pecado, em pecado nasceste. Mas Deus purificou tua alma, no sacramento do batismo. Milhares e milhares não tiveram esta graça. No céu não puderam entrar, porque nada de impuro lá entra.  Por que te concedeu Deus, em sua infinita bondade, a graça do batismo? Quanta gratidão deves, pois,  a Deus tão bondoso, por te ter dado tamanha distinção! O batismo, porém, é somente a primeira graça que recebeste do Criador, para alcançares a vida eterna. Deve-se aliar-lhe uma vida santa, de perfeito acordo com os Mandamentos da Lei de Deus. “Aquele que disse ser necessário o batismo, o renascimento da água e do Espírito Santo, disse também: Se vossa justiça não for maior que a dos fariseus e dos escribas, não entrareis no reino dos céus!”  (Santo Agostinho)
                                                               
fonte: Página oriente

Nossa Senhora do Rosário de Pompéia

  Comemoração litúrgica: 07 de outubro.
 
                                                         No ano de 79 ocorreu a famosa erupção do Vulcão Vesúvio,  que sepultou a cidade pagã de Pompéia (Sul da Itália).  Ali a aristocracia romana gostava de passar o tempo com entretenimentos e  foi surpreendida pela súbita destruição.
                                                         No início do Século IX instalaram-se nas proximidades famílias de campesinos que erigiram uma humilde capela. Em 1872 chegou o advogado Bartolo Longo (beatificado em 26 de outubro de 1980),  que trabalhava para a Condessa de Fusco, dona dessas terras. Logo descobriu que, depois da morte do sacerdote, já não haviam missas na capela e poucos seguiam firmes na fé. 
                                                         Uma noite, o advogado Bartolo Longo viu em sonhos a um amigo morto anos atrás, que lhe disse: “Salva a esta gente Bartolo!  Propaga o Rosário.  Estimula-os para que o rezem.  Maria prometeu a salvação para aqueles que  fizerem”. Assim, Longo trouxe de Nápoles muitos Rosários para distribuir e  encorajou também a vários vizinhos que o ajudassem a reformar a capela.  A população começou a rezar o Rosário, cada vez em maior número.
                                                         Em 1878, Longo obteve de um convento de Nápoles um quadro de Nossa Senhora entregando o Santo Rosário a São Domingos e Santa Rosa de Lima.  Estava deteriorado mas um pintor o restaurou. Este mudou a figura de Santa Rosa pela de Santa Catarina de Siena. Posta sobre o altar do Templo, ainda que inacabada, a Virgem Santíssima começou a operar milagres. 
                                                         Em 08 de maio de 1887, o cardeal Mônaco de Valleta, colocou na venerada imagem um diadema de brilhantes benta pelo Papa Leão XII e em 08 de maio de 1891,  deu-se a solene consagração do novo Santuário de Pompéia, que existe atualmente. 
 
CARTA DE JOÃO PAULO II
POR OCASIÃO DO 125° ANIVERSÁRIO
 DA CHEGADA DO  QUADRO DE
NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO A POMPÉIA


Ao Venerado Irmão Francesco Saverio TOPPI
Arcebispo-Delegado Pontifício
1. A Igreja que está em Pompéia, no decurso do Grande Jubileu do Ano 2000, regozijar-se-á com um ulterior dom de Graça. No próximo dia 13 de Novembro celebra-se, com efeito, o 125° aniversário da chegada do Quadro de Nossa Senhora do Rosário. Esta "visita" de Maria mudou o rosto espiritual e civil de Pompéia, que desde 1975 se transformou cada vez mais em cidadezinha da oração, centro de irradiação do Evangelho, lugar de numerosas graças e conversões, ponto de referência de piedade mariana, para o qual olham de todas as partes do mundo.
Ao unir-me espiritualmente à Comunidade eclesial de Pompéia nesta feliz circunstância, desejo agradecer ao Senhor os dons com que a enriqueceu, implorando, pela intercessão da Virgem Santa, especiais favores celestes sobre Vossa Excelência, Venerado Irmão, e sobre todos os que estão confiados aos seus cuidados pastorais.
2. O Grande Jubileu e esta vossa especial data evocam-se reciprocamente e oferecem particulares motivos de reflexão e de ação de graças. O Ano Santo coloca no centro da atenção dos crentes o mistério da encarnação do Verbo e convida-os a contemplar Aquele que "tinha a condição divina, mas não se apegou à Sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-Se semelhante aos homens" (Fl 2, 5-7). Pompéia é a terra do Santo Rosário, onde o fervoroso brotar do coração dos fiéis da oração do Ave Maria leva a contemplar a disponibilidade interior com que a Virgem Santa recebeu na fé o anúncio do nascimento do Filho de Deus na condição humana.
De igual modo o convite, que ecoa no acontecimento jubilar a pôr-se em amorosa escuta da Palavra de Deus e a conformar a própria vida com o Evangelho, encontra um eco feliz na prática dos Quinze Sábados, que Bartolo Longo difundiu entre os fiéis, com a intenção de os estimular à contemplação de Cristo. Como não ver depois uma sintonia eloqüente entre o nascimento humilde e pobre do Redentor na manjedoura de Belém e o contexto de igual modo simples e modesto no qual chegou a Pompéia o Quadro de Nossa Senhora?
Também a "mística Coroa", que a todos os que a ela se dirigem a Virgem oferece como "Cadeia doce que reata a Deus", se revela instrumento precioso para compreender melhor e viver as grandes dimensões do Jubileu. O Rosário, que Bartolo Longo considera quase um baluarte contra os inimigos da alma, une aos Anjos, e é "porto seguro no naufrágio comum" (Súplica à Rainha do S. Rosário de Pompéia).
3. O Jubileu, na sua mensagem mais profunda, é chamamento à conversão e estímulo a uma autêntica renovação pessoal e social. Ao entrar no novo milênio a comunidade cristã é convidada a alargar o próprio olhar de fé até horizontes novos para o anúncio do Reino de Deus. A autoconsciência, que ela maturou com o Concílio Vaticano II do próprio mistério e da tarefa apostólica que lhe fora confiada pelo seu Senhor, empenha-a a viver no mundo sabendo que deve ser "o fermento e a alma da sociedade humana, a qual precisa renovar-se em Cristo e transformar-se em família de Deus" (cf. Incarnationis mysterium, 2).
Os cristãos podem encontrar no Rosário uma ajuda eficaz no empenho de realizar na sua vida estes objetivos do Jubileu. Convidando a aceitar com a admiração de Maria, de José, dos Pastores, dos Reis Magos e de todos os pobres de Israel o anúncio do nascimento do Filho de Deus na condição humana, os Mistérios gozosos suscitam nos cristãos, como já acontecera com o Fundador do Santuário de Pompéia e com outros numerosos devotos da Virgem do Santo Rosário, o desejo de levar aos homens do nosso tempo com renovado fervor o jubiloso anúncio do Salvador.
Através da contemplação dos Mistérios dolorosos, o Rosário faz sentir aos fiéis a dor dos pecados e, convidando a ter confiança na ajuda d'Aquela que reza "por nós pecadores agora e na ora da nossa morte", facilita o desejo de receber o Sacramento da Reconciliação a fim de corrigir as estruturas da própria vida. Por este caminho, o Beato Bartolo Longo  encontrou  a  força  para  reorganizar a própria existência e tornou-se dócil  à  ação  do  Espírito  Santo,  o único que transforma os pecadores em santos.
Através da contemplação de Cristo que ressuscitou e subiu ao céu, os Mistérios gloriosos introduzem no oceano da vida trinitária, comunicada pelo Espírito Paráclito a todos os crentes e, de maneira especial, a Maria nossa Mãe e irmã. Olhando para ela que subiu ao céu e está na glória dos Santos, os cristãos são encorajados a admirar e desejar as "coisas lá do alto", e aspirando pela meta eterna tomam consciência dos meios necessários para a obterem, isto é, a fidelidade aos mandamentos divinos, a freqüência aos Sacramentos da Igreja e a humilde adesão à vontade de Deus.
Também o empenho pela unidade dos crentes em Cristo e pela fraterna concórdia entre as Nações, reproposto pelo Grande Jubileu, encontra motivo de especial sintonia com o aniversário que o Santuário de Pompéia celebra este ano. No Jubileu de Novecentos no início deste nosso século XX, o beato Bartolo Longo quis realizar como voto pela paz a fachada monumental do Santuário, recolhendo ofertas e subscrições dos fiéis de todas as partes do mundo. Também a paz é agora, no alvorecer do terceiro milênio, o desejo fervoroso da humanidade e é preciso rezar com confiança pela paz em todas as partes da terra.
4. Venerado Irmão no Episcopado, formulo profundos votos por que, seguindo o exemplo do beato Bartolo Longo, esta Comunidade diocesana saiba captar nestes acontecimentos de graça um premente estímulo para anunciar com renovado fervor Jesus Cristo, Redentor do homem. A este propósito, o plano pastoral elaborado para este ano jubilar demonstra-se como nunca oportuno.
Ele inspira-se na trilogia "humildade, simplicidade, pobreza"; uma trilogia que caracterizou a vida terrena de Jesus, o estilo de Maria e também o programa ascético do beato Bartolo Longo. Como deixar de recordar que do nada e com meios pobres e humildes, ele, guiado pelo Espírito, erigiu em Pompéia um Santuário que hoje tem uma irradiação mundial? Os escritos do Beato, que já então alcançavam pessoas de todas as línguas e nações, continuam a oferecer úteis estímulos para a reflexão e a vida espiritual.
Esta herança preciosa, que representa para vós um singular título de honra, seja por vós acolhida e reproposta à sociedade de hoje, para que no templo de Pompéia, onde a Mãe continua a mostrar o seu Filho divino como único Salvador do mundo, numerosos homens e mulheres em busca da paz possam fazer a experiência jubilosa da "visita" de Cristo, vivida por Isabel e por João Baptista, por ocasião do encontro com a Virgem (cf. Lc 1, 39-56).
Com estes votos, invoco, por intercessão do Beato Bartolo Longo, sobre Vossa Excelência, Venerado Irmão, sobre os sacerdotes, os religiosos e as religiosas, sobre toda a Comunidade diocesana, e sobre os peregrinos e devotos, a materna proteção da Rainha do Santo Rosário e, de bom grado concedo a todos uma especial Bênção apostólica.
Vaticano, 8 de Dezembro de 1999, solenidade da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria.
Oração à Nossa Senhora do Rosário de Pompéia
Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos ensinastes a recorrer a vós e com confiança chamar-vos de "Pai Nosso que estais no Céu". Ó Senhor, infinitamente bom, a quem é dado usar sempre de misericórdia e perdoar; por intercessão da Imaculada Virgem Maria, ouvi-nos, a nós que nos gloriamos do título de devotos do Rosário, aceitai as nossas humildes orações dando-vos graças pelos benefícios recebidos, e tornai perpétuo e cada dia mais glorioso o trono que lhe elevastes no Santuário de Pompéia, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Senhor Nosso. Amém.
Rogai por nós Rainha do Sacratíssimo Rosário
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amém

fonte: Página Oriente

Santa Catarina Labouré


Comemoração litúrgica:  31 de dezembro
Muito conhecida   e  apreciada  é  a Medalha  Milagrosa da Imaculada Conceição.  Foi  Nossa Senhora  mesma  que a mostrou e  propagou   por intermédio de  uma  religiosa,  irmã  de  caridade ou vicentina, Catarina  Labouré.  Nasceu perto de  Tijon, na França em 02 de maio de 1806 e  recebeu no batismo o nome de Zoé.  Já desde pequena  teve o desejo  de  consagrar  a  vida a  Deus.  Como a  mãe  lhe  tivesse morrido  cedo, o pai julgou  não poder deixar  ir  a filha ao convento. Para  retê-la  no mundo, mandou-a  a Paris. Ali Zoé ainda mais desgostou do mundo e  de suas vaidades.  O pai, vendo  que  ela era  firme  na vocação  religiosa, consentiu  que entrasse  no convento das Vicentinas. Tinha ela então 24  anos e foi chamada  Irmã Catarina. 
Feito o noviciado, foi mandada  a um hospital  em Paris onde serviu a Deus até a  sua morte durante 45 anos. 
Foi em  no ano de 1830 que Nossa Senhora lhe apareceu mostrando-lhe  a  Medalha  Milagrosa e mandou que a  propagasse. Encontrou primeiro resistência  até  do seu diretor  espiritual, mas afinal  as autoridades  eclesiásticas  convenceram-se  da  verdade das aparições. Muitos milagres, curas de  doentes  e conversões foram feitas pela Medalha Milagrosa. 
Catarina, porém,  desejava ficar oculta; como  São João Batista, a respeito de  Jesus dizia:  " Ele  deve  crescer, e eu diminuir",  assim Catarina desejava:  "Maria  deve crescer e  eu diminuir" .   Mas Deus e  Maria Glorificaram a  fiel serva:  Foi ela beatificada  por Pio XI  em  28 de maio de 1933, domingo  entre  Ascensão de  Nosso  Senhor e Pentecostes e  solenemente  canonizada por  Pio XII em  27  de  julho de 1947.   
Seu corpo permanece incorrupto e encontra-se exposto na Capela de Notre Dame, na França.   (Visite a Capela das aparições, onde encontra-se depositado o corpo de Santa Catarina acesando - http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com/PO/B3.asp ).
Reflexões
Que  rica  e preciosa é pois a  Santa Medalha  que a nossa  Mãe do céu  nos veio trazer em 1830!   E  como a  devemos  estimar e  apreciar!  Mas crescerá muito  mais  a nossa estima se soubermos compreender  as  lições  que Maria Santíssima nos quis  dar  na mesma  Medalha;  ei-las em resumo:  No anverso vemos  a  imagem de Nossa  Senhora, toda bela, toda bondosa, com as mãos carregadas de raios luminosos, os quais  segundo Ela  mesma disse, representam as graças que derrama sobre as pessoas  que lhas pedem, e toma cuidado de  nos dizer como devemos  pedi-las, ensinando-nos  a  oração: " Ó  Maria,   concebida sem pecado,  rogai  por nós  que  recorremos  a  vós". 
fonte: Página Oriente

Santa Catarina de Bolonha

Comemoração litúrgica:  09 de março.

                                                      
                                                     Santa Catarina é também conhecida como Catarina de Virgi ou Vigni.  Nasceu em 8 de setembro de 1413 em Bolonha, Itália, sendo ela filha de um diplomata a  serviço do marquês de Ferrara. Diz a tradição que seu pai recebera em visões o anúncio do nascimento da filha.  Quando completou 11 anos de idade,  foi escolhida para ser a dama de companhia da recém casada  filha do marquês, compartilhando com ela  o seu aprimoramento educacional.  Isso durou até completar 14 anos, idade em que decidiu abandonar a corte para abraçar a vida religiosa.  Ingressou na Ordem Franciscana como Irmã das Clarissas Pobres, onde obteve sucessivos progressos espirituais e admiração por ser fiel cumpridora dos preceitos de Deus e da Igreja. Por sua conduta exemplaríssima  tornou-se uma das grandes santas da Idade Média.   Através da intercessão do Papa Nicolau V foi erigida  uma clausura no convento das Clarissas em Ferrara, onde Catarina foi eleita Madre Superiora.   Gozava de grande reputação pela vida austera e piedosa,  não só diante da comunidade, mas do próprio Papa Nicolau V. Foi também responsável pelo estabelecimento de  um convento de Clarissas Pobres em 1456, na cidade de Bolonha,  onde assumiu o cargo de Abadessa.
                                                     Mística, profetisa e visionária, glorificava a Deus operando grandes milagres em Seu nome. Também era pintora e decifrava manuscritos como que  iluminada por um anjo. Conta-se que num dia de Natal recebeu uma  visão de Jesus nos braços de Maria.  Desta visão que teve,  Catarina pintou em um quadro que se encontra atualmente no Museu do Vaticano.
                                                     Faleceu em 9 de março de 1463 em Bolonha, Itália e foi enterrada sem caixão e não foi embalsamada. Após  dezoito dias depois,  decidiram exumar seu corpo devido a inúmeros  milagres que ocorriam junto de sua tumba, bem como pelo odor de perfume que exalava constantemente de seu túmulo, ocasião em que seu corpo foi encontrado incorrupto. Diante disso foi chamado o doutor Maestro Giovanni Marcanova,  que examinou o corpo e não pode explicar o fato. Assim,  decidiram vestir seu corpo com novo hábito  e o colocaram em uma cadeira, sentado,  junto a uma capela especial, mantendo-se incorrupto até hoje, portanto, por mais de 540 anos.  Nas últimas décadas,  foram e ainda são realizadas a cada dois anos, radiografias da coluna vertebral e as análises até o momento comprovam que não houve deterioração ou desvio da coluna,   que se mantém perfeitamente ereta  como a de uma pessoa adulta,  sustentando o corpo e a cabeça. O que se observa apenas é a mudança da coloração da pele, que hoje apresenta-se na cor marrom.
                                                     A arte litúrgica a apresenta como uma Clarissa pobre carregando o Menino Jesus ou em um trono com um livro em uma das mãos e na  outra uma cruz,  aludindo a imagem que se vê em seu corpo incorrupto.  Escreveu um livro intitulado:  “ Tratado em armas espirituais” e “Revelações”.
                                                     Foi canonizada em 22 de maio de 1712 pelo Papa Clemente  XI e é padroeira da Academia de arte de Bolonha, dos pintores e das artes liberais.
 Oração:
Senhor Deus, que enriquecestes Santa Catarina de Bolonha de dons celestes, concedei-nos imitar as suas virtudes na terra e participar com ela das alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. 
Fonte: Página Oriente      

IMPERDÍVEL!!!

EXORCISTA ESCLARECE O DOM DO DISCERNIMENTO