sexta-feira, 6 de julho de 2012

GERAÇÃO SUPERFICIAL OU INDIFERENTE?

Paz e fogo, amados(as) de Deus.Talvez este artigo seja o que mais demorei a escrever devido à pertinência da realidade dele em nosso meio.
Por isso orei muito para discernir a forma de escrever.
Já adianto que não quero agradar "A", "B" ou "C", mas a Deus, que me deu a graça de ser profeta e servo de Sua Palavra.
Irmãos, tenho percebido esta geração de fiéis por um lado que acredito, muitos veja mas não se pronunciam a respeito.
Você já percebeu que a maioria das pessoas estão sempre, hoje em dia, focando algum aparelho celular ou mesmo tablet, ou outro qualquer? Percebeu que a linguagem sempre é voltada para a era teconológica? Percebeu que as pessoas estão sempre "logadas" em algo?
Isso em especial na juventude.
Mas muitíssimos adultos aderiram a isso também.
A tecnologia veio e entrou com a "sola da chuteira" em todos os setores. Ajuda muito, não podemos negar.
Porém, existem alguns pontos que precisam ser considerados em nosso meio.
Esta geração tem sido a geração do "CLICK", do "delete", do "enter", dos aplicativos em celulares, dos tablets, notes, netbooks... Não que isso seja ruim, irmãos, mas, vejam bem, quando as coisas começam a passar de alguns limites, é necessário rever algumas coisas.
Tenho uma filha adolescente, que nesses dias atrás, pedi a ela que visse uma música no livro "louvemos o Senhor" sobre um assunto que iria abordar numa pregação.
Ela me enrolou uns 3 dias. Cobrei ela e dei o papel que havia pesquisado na internet sobre o assunto e ela deu uma lida. Ela disse: "Pai, não me vem nenhuma música na cabeça, mas eu posso pesquisar aqui na net..."
Comodidade, praticidade ou preguiça de pensar e orar?
E irmãos, esta minha filha de 15 anos, é só a ponta do iceberg que a juventude e além dela, muitos adultos, estão mergulhados, pois é inaceitável deixar a nossa capacidade, dada por Deus, de pensarmos, nossa necessidade diária de O buscarmos em oração, para colocar no lugar a suposta praticidade ou agilidade, comodidade, como queiram chamar, para que Deus possa manifestar sua glória através de seus filhos.
Mas isso não se resume no âmbito religioso, que desejo abordá-lo mais sobre ele adiante do artigo.
Isso se resume em todos os âmbitos, irmãos.
Social, profissional, pessoal, familiar... E por aí vai.
Papa Bento XVI disse há algum tempo atrás, que as redes sociais não poderiam tirar a forma pessoal com que nos relacionamos com as pessoas. Inclusive podem procurar o artigo referente nesse mesmo blog.
Você vai conversar com as pessoas e elas estão entretidas com celulares, tablets e afins.
Você pede para um filho que está jpgando um jogo qualquer, em PC ou videogame, ele responde: "Espera, estou passando de fase, não posso parar..." "Agora estou ocupado...".
Você pede um trabalho escolar para alguém e já não se pensa para fazer resumo, sabiam?
Seleciona-se o assunto ou a matéria pesquisada no Google, cola-se num documento do word e então vai se excluindo o que é irrelevante, portanto não é um resumo, mas uma cópia sincopada de um escrito de alguém, desrespeitando direitos autorais muitas vezes!
Coloca-se em algumas vezes a bibliografia ou opta-se por não fazê-lo.
Peça para um jovem fazer uma redação respeitando-se pontuações nas frases e parágrafos.
Veja o resultado.
Se não ver esse jovem entrando em parafuso por não conseguir fazê-lo, faz-se de forma relaxada, sem respeito algum ao português, sem respeito a conjugações verbais, sinais de expressão, enfim, empobrecimento da capacidade de pensar. Não quero aqui alongar este assunto para não entrar no mérito da educação atual que vai aprovando alunos totalmente despreparados, sem aprendizado autêntico, somente conhecimentos decorados de leitura e suposta sabedoria.
Isso nós vemos constantemente no âmbito familiar, escolar, profissional, pois hoje você não trabalha numa empresa sem acesso à internet, e quando assim acontece, muitos funcionários se utilizam da rede da empresa para acessarem suas redes sociais, e-mails particulares - muitas vezes por debaixo dos panos.
Muitos não gostam mais de ler um livro. Isso é "brega", antiquado, ultrapassado, obsoleto.
Basta olhar esta realidade nas prateleiras de livrarias.
O gosto de se ler um livro foi substituído pelo acesso direto do mesmo através de um tablet, por exemplo.
Peça para um jovem qualquer, menino ou menina, que pense na vida, quais são seus ideais enquanto ser humano.
O resultado pode ser decepcionante.
Se ele conseguir pensar em algo será depois de horas pensando ou então, na maioria das vezes, você terá a resposta: "Não sei".
Pergunte a essa "GERAÇÃO CLICK" qual o sentido da vida. Poderá ouvir qualquer resposta, menos a que se espera.
Muitos desses desta "GERAÇÃO TECNOLÓGICA" não pensam, perderam esta capacidade. Descobrem os mais difíceis segredos de um aparelho celular de última geração - e nem pode ser qualquer celular! - mas não conseguem nem mesmo concentrar-se em Deus e Dele arrancarem as graças necessárias para sua vida.
E aqui entro de sola no âmbito religioso.
Em minha casa tenho as provas do que falo.
Estamos deixando de lado a espiritualidade, muitas vezes, em troca de uma "comodidade", de uma ferramenta que poderia ser melhor utilizada ao invés de tirar a pessoalidade da evangelização. Pois nada melhor do que o "olho-no-olho" na hora de evangelizar.
O povo da Igreja está caindo nessa cilada que não sei de onde partiu, mas torna-nos preguiçosos, mentirosos, muito informados, mas pouco espiritualizados...
Muito tecológicos, por isso, não temos muito tempo para ouvir o Senhor em nossa oração pessoal, pois até rezamos pelas pessoas pelos msn's da vida, facebook's da vida...
Não vejo nisso algo pecaminoso a partir do momento que não desrespeita minha espiritualidade, minhas obrigações cotidianas e espirituais.
Não há problema algum buscar uma praticicidade, contanto que isso não nos remova a capacidade de pensar, de sermos inteligentes como Deus nos criou.
Não é pecado ter um perfil numa rede social, contanto que isso não tome tanto seu tempo a ponto de não se ter uma horinha para Deus, e falo para servos! Conheço servos que passam o dia inteiro num facebook mas não dão 15 minutos para Deus e falam que rezam!
A boa árvore se conhece pelo fruto (cf. Mt. 7, 20).
Tenho visto alguns frutos meio que podres em nosso meio. E você?
Não tem visto também?
Lamentável isso penetrar de forma tão intensa dentro do âmbito religioso também. Mas existe e é grande o número de pessoas assim, e, de forma triste, a maior parte que sofre disso, desta "tecnofobia", é a juventude. Pois absorve e aprende rápido as melhores tecnologias, mas não conseguem nem mesmo escutar a mais simples palavra que vem de Deus em seu favor, dizendo muitas vezes: "Não consigo ouvir a Deus", "Não consigo fazer minha oração pessoal", "Não tenho ambiente para orar"... E por aí vão as desculpas, as justificativas esfarrapadas para ser tecnológico, atual, descolado, aceito pelas pessoas, pois se dá mais valor pelo que se tem e trabalha-se por fora do que temos por dentro!
GERAÇÃO SUPERFICIAL!
Pois é exatamente assim que se enxerga hoje as coisas... Sem essência, só superficialmente se enxergam as coisas... "Isso não tem nada a ver", "as coisas não são bem assim como dizem", "ah, isso é normal, hoje em dia", todo mundo faz assim, pensa assim...".
Já ouviram estas frases? Eu vivo ouvindo!
DENTRO DA IGREJA INCLUSIVE!
Irmãos, tudo isso tem de facilitar a nossa vida de forma positiva, sem excluir nossas obrigações para com Deus, com a família, com as pessoas... É impresisonante como os diálogos hoje em família tem sido feitos através de redes sociais, msn's, facebook's... Que é isso?
Deus nos deu a tecnologia para bem desfrutarmos dela e não fazer dela a razão de tudo o que somos, fazemos, pensamos! Quantos não perdem tempo descobrindo os segredos tecnológicos de um jogo, por exemplo, mas não gastam tempo com Deus?
Impressionante o quanto a capacidade de ser deu lugar ao ter conhecimento dos botóes e segredos de um celular, de um jogo cheio de códigos, mas a simplicidade do Coração de Jesus, a ternura da maternidade de Maria, a docilidade poderosa do Espírito Santo, a paternidade onipotente de Deus Pai, isso é muito complicado... Pensar em silêncio, então! Um desafio impossível!
Silêncio, tão necessário para nossa espiritualidade, pessoalidade e intimidade com Deus deu lugar a uma juventude barulhenta, cheia de conhecimentos tecnológicos, mas vazia de essência, é só barulho e aparência, só cuida-se do exterior e o interior se deteriora...
Cuida-se do cabelo, maquiagem, roupas, calçados, mas do espírito, da alma... Não precisa...
Beleza exterior que não reflete o interior é superficialidade.
Esta geração tem estas marcas: CLICK, TECNOLOGIA E SUPERFICIALIDADE.
Quando retirarmos estas marcas poderemos dizer se o que vem pela frente poderá satisfazer a preocupação de Jesus: "... Porém, quando o Filho do Homem chegar, encontrará essa fé sobre a terra?"
Essa fé: Expectante, insistente, contemplativa, certa da ação de Deus, viva...
Saiamos da superficialidade tecnológica que se resume num click, e vamos de encontro àquilo que nos dá sentido e nos preenche por completo sem espaços...
Paz e fogo.

IMPERDÍVEL!!!

EXORCISTA ESCLARECE O DOM DO DISCERNIMENTO