segunda-feira, 5 de outubro de 2015

LEVANTADOS PARA FALAR O QUE NINGUÉM QUER FALAR E POUCOS GOSTAM DE OUVIR

Em meados de outubro, novembro do ano de 2014, fui chamado a pregar no Grupo de oração  Milícia da Imaculada sobre cura e libertação da Árvore Genealógica.
No meio da pregação, pronto para começar a oração que fecha a pregação, ouvi a voz de Deus dentro de mim dizendo: "EU QUERO MAIS DE VOCÊ AQUI".
Já havia sentido a mesma frase há anos atrás quando preguei nesse mesmo grupo, mas achei ser coisa da minha cabeça e não dei muita atenção, porém, nesta última vez, a frase foi mais contundente... Foi mais intensa a sensação de que Deus queira um "algo a mais" do Antonio Lucio e aquilo chegou a me silenciar durante alguns segundos. Eu queria saber se Deus falaria algo a mais daquilo ou me instruiria mais detalhadamente, mas isso não aconteceu.
Saí com o coração trêmulo diante daquela frase. Fiquei inquieto. Era diferente daquela primeira vez. Era mais profundo o sentimento que produziu aquela frase, mas muito mais intenso e profunda a sensação de algo sobrenatural acontecendo dentro de mim.
Comecei a indagar a Deus sobre o que seria e pedi ajuda aos irmãos que tinham mais afinidade do grupo comigo, que eram mais maduros na fé a me ajudarem a discernir... Pedi que orassem pois eu percebia dentro de mim que eu iria acabar sendo servo daquele grupo.
Comecei a pedir ajuda de pessoas mais maduras na fé, contando o que havia acontecido e partilhando, fui orando aos pés de Jesus, procurando escutá-Lo.
Irmãos, eu confesso que, por várias vezes, eu achei que estivesse agindo segundo a carne!
Era um desespero muito grande de minha parte, pois, por vezes me peguei pensando que meu ministério não dava frutos. "Onde estavam os frutos do meu ministério?" - pensava eu.
Isso durou quase 4 meses.
Porém, nada partilhei com mais ninguém, a não ser as pessoas em quem confio na intercessão e que me mostram maturidade espiritual para encaminhar almas.
Ao final de janeiro deste ano, alguns irmãos do grupo acima citado já esperavam minha resposta e me apontavam como servo do grupo. Eu sempre disse: Estamos orando e esperando em Deus.
Outros irmãos de outra Diocese diziam que meu lugar era ali ou acolá.
Não escutar a Deus é um risco nessas horas, pois se outro não escuta a Deus nos direcionará de forma equivocada.
Mas, já iniciando o mês de fevereiro, quando as atividades do grupo voltariam ao normal, eu estava ainda com o conflito ministerial dentro de mim, achando que meu ministério era infrutífero - ainda que começaram a chegar vários testemunhos a respeito de nosso ministério...
Havia comungado e fui fazer meu momento de ação de graças com o Senhor. De repente escuto a Sua voz: "Você ainda quer que te responda sua dúvida?"
Irmãos, aquele calor e gelo ao mesmo tempo tomaram-me e eu respondi em meu íntimo: "Sim, Senhor! O Senhor sabe que minha limitação é muito grande e preciso de Tua resposta para não fazer nenhuma vontade minha, mas a Sua."
A resposta foi atordoante e até hoje me estremece por dentro:

"EU TE LEVANTEI DENTRO DA IGREJA PARA FALAR O QUE NINGUÉM GOSTA DE FALAR E O QUE POUCOS GOSTAM DE OUVIR... ACEITAS PAGAR O PREÇO?"

Irmãos, eu não sabia se chorava de alegria ou mesmo de medo, de temor... Um conjunto de emoções misturadas dentro de mim e uma certeza: EU QUERIA AQUILO.
Me recordei do início de meu ministério, quando comecei a pregar e dizia que queria dar minha vida pelo Evangelho, e como eu estudava muito a vida dos Santos, o martírio dos mesmos me atraía...
Sempre dizia que queria morrer em martírio pelo Evangelho como eles... Empolgação? Euforia? Irmãos, eu não sei. Talvez até fosse pelo fogo inicial. Mas isso voltou naquele momento e muito forte e percebi que agora estava diferente, que eu havia absorvido aquele primeiro sentimento - agora - de forma madura, com passos dados, pois eu vi Deus agindo! Eu posso dizer que Deus agiu e age através de nós, de nosso chamado!
Eu respondi em meio a lágrimas naquela comunhão: "Sim, Senhor... Você sabe que eu aceito! Me confirma diante de meus irmãos!"
Após esta experiência, irmãos, assumi o chamado e o recomeço de uma nova etapa de meu ministério e tenho percebido o quanto isso edificou meu ministério e meus irmãos que comigo servem no grupo Milícia da Imaculada em Santo André.
Não dá para agradar a todos, irmãos. Não podemos ter esta pretensão ao abraçar a vontade de Deus para nós. Alguns são chamados ao martírio, outros não. Eu manifestei este desejo a Deus, mas não sabemos o passo que Deus dará. Nós confiamos e esperamos, mas somente a cada passo de cada dia vamos sendo encaminhados pelo próprio Deus na direção de Sua vontade. A nós cabe a fé e o primeiro passo e a Deus a conclusão da obra de cada dia em nós.
O profeta sempre foi o escolhido(a) de Deus para SER a diferença onde ele(a) estiver.
A primeira função do profeta é buscar a Face do Senhor e Dele ouvir o desejo de Seu coração.
Depois de experimentar Sua Face, então, o profeta transborda a face do Senhor em forma de vida!
A primeira profecia vem com a vida! (Conf. Jeremias 1, 4-19/Ezequiel 2/Oséias 1, 2-9)
Estes são apenas alguns exemplos de pessoas escolhidas por Deus para SEREM uma profecia.
Se olharmos a vida de São Pedro após a experiência de Pentecostes, perceberemos a mudança clara dele diante dos irmãos e como a vida dele se tornou profecia! Na casa de Cornélio em Atos 10.
Se olharmos para a vida transformada de São Paulo, veremos a profecia na vida desse homem, que, de perseguidor em Atos 8, vira anunciador em Atos 16!
Foi anunciador até perder a cabeça nas areias de Roma...
Pedro foi anunciador até a cruz de ponta cabeça em Roma...
Esses dois falavam o que ninguém gostava de falar na época e poucos gostavam de ouvir.
Hoje, em nossos dias, a mesma coisa acontece: Ninguém gosta de falar da verdade atuante do pecado, da maldade atuante do demônio... Achando serem assuntos "pesados" para as pessoas ouvirem, pensando serem assuntos que "agridem" as pessoas!
Ora essa!
Se agride, agride as pessoas que vivem esta realidade de pecado, mas a verdade liberta! (Cf. João 8, 32)
Quando a Palavra vem com a unção de Deus, dentro do anunciador, a certeza do chamado se potencializa, e ainda que a palavra seja denunciadora, quando vem com amor e unção, ela vem com o poder libertador de Jesus, que por vezes também falou da realidade do pecado de forma muito clara... (Cf. Mateus 5, 17 - 7, 29)
Falou no seu primeiro discurso, no sermão da montanha sobre a profundidade dos mandamentos, sem alisar ou passar a mão na cabeça, mas falou com unção, pois acabara de sair do deserto após jejuar 40 dias e 40 noites depois de seu batismo no rio Jordão. Quando a Palavra vem ungida, as pessoas não se sentem oprimidas ou agredidas, mas surpreendidas e admiradas, pois vêm com autoridade, unção do alto e é isso que falta em muitos de nós que fazemos uma profecia aleijada, onde somente a denúncia aparece sem o anúncio com unção! Ou mesmo somente anúncio com discursos melosos, sem comprometer o povo que escuta com a conversão! Acaba acontecendo um momento de emocionalismo sem conversão e sem a cura interior!!!
Discursos tão adocicados que causam diabetes espiritual, com alta dose de açúcar na alma, sem o alimento necessário para equilibrar a experiência e o compromisso de mudança de vida, que é o que comprova o Batismo no Espírito!
Hoje, muitos "profetas" são "cataclísmicos", ou fatalistas ou mesmo apocalípticos e esquecem que depois que se abre uma ferida, precisa limpar, fazer sutura, se necessário, dar anti inflamatório, se necessário... A unção se confirma aí!
Se analisarmos bem a Sagrada Escritura, amados, poderemos perceber um fato que quase ninguém percebeu ainda: A maioria das profecias dos profetas, de Isaías a Malaquias, são palavras duras de Deus através de seus servos a respeito do povo. Deus deixou de ser AMOR, por causa disso? De forma alguma!
Continua sendo o Deus que ama seu povo! Continua sendo o Deus que quer salvar a todos! Gente sem visão e sem conhecimento verdadeiro de Deus, acha que nós somos agressivos e coisa semelhante que nem compensa escrever neste artigo, mas, FOMOS LEVANTADOS PARA FALAR O QUE NINGUÉM QUER FALAR E POUCOS GOSTAM DE OUVIR!
No começo, quando Deus começou a definir a característica de minha pregação, pois cada um tem a sua, eu me importava muito com o que as pessoas diziam ou achavam das pregações, a ponto de ficar triste quando diziam que havia sido na "carne" - para não dizer sem unção.
Em certa diocese aqui de São Paulo, chegaram a dizer que meu testemunho de chamado era "auto afirmativo" para me "auto afirmar" diante do chamado que Deus havia me dado...
É duro ouvir certas coisas, não é?
Aprendi a respeitar a unção de todos, irmãos, independente de pregarem com ou sem a mesma, ainda que se perceba a ausência da unção, nos reservamos em dar sugestões aos irmãos no exercício do ministério, mas jamais eu disse isso a alguém: "Você pregou sem unção."
Aprendi, irmãos a edificar o ministério dos irmãos e também a fazer com que reconheçam não ser a pregação seu ministério sem nunca deixar o irmãos ou irmã, menosprezados em seu chamado ou mesmo, diminuídos em sua característica dentro do exercício de seu ministério...
Fazer os irmãos reconhecerem  seu devido lugar é um ato de caridade! Descobrem seu devido lugar e se realizam! Puxa vida! Como me alegro em ver irmãos que fizeram formação de ministério de pregação comigo, amados e, hoje, são  pregadores que tem agenda muito mais cheia que a minha e vejo o crescimento de seu ministério com muita alegria, amados! Jamais me excluo de passar o quanto a pessoa necessita para seguir seu chamado e edificar o irmão no ministério!
Hoje, já não dou peso a esses comentários, pois devo agradar a Deus e não aos homens... Não pedi o ministério a Deus e nem tampouco os dons que se manifestam durante o exercício do mesmo! Se Deus me levantou assim e, depois de 15 anos, percebo os frutos que fui deixando, que Deus me proporcionou, ungindo-me e confiando-me falar em nome Dele, devo sempre atentar à opinião dos que realmente conhecem meu ministério, meu chamado e sabem quem sou!
Muitos que vi iniciarem o caminho do ministério de pregação, hoje, vejo com tristeza o distanciamento, a tristeza de pensarem ou acharem que erraram na decisão de investirem no ministério, porque se confiaram a opiniões de pessoas imaturas na fé, que detonaram os primeiros passos destas pessoas e minaram o chamado... Causando em alguns, até o afastamento da Igreja.
O tempo em que vivemos, irmãos, exige daqueles que pregam, anunciam, não só um conhecimento de informação, mas uma unção de transformação, que venha com testemunho de vida e com vida testemunhada de vivência na Palavra, Evangelho encarnado na vida, mostrando para todos que Deus realmente existe, ama incondicionalmente, mas esse amor é exigente na medida em que caminhamos na direção Dele e vai nos transformando sem cobrança, mas exigindo de nossa liberdade uma tomada de decisão determinada com disciplina em busca da santidade que agrada a Deus... Já que a vontade Dele é a nossa santificação (Cf. I Tessalonissences 4, 3), sejamos santos! Façamos da Palavra Dele nosso modelo e regra de vida! Assim, nossa pregação será realmente um derramamento de amor de Deus anunciado, com denuncia das obras das trevas a serem eliminadas de nossa vida!
Repito: Sem unção do alto, sem chamado, isso vira agressividade e acusação aos que nos ouvem!
Com unção, as pessoas se voltam a DEUS! Não a nós, mas a Deus!
Se queremos reconhecimento de pessoas, é melhor nem começarmos nenhum passo no ministério, pois isso é quase impossível... Se queremos ser fiéis a Deus, então seremos reconhecidos no céu, onde Jesus dará testemunho de nós diante do Pai, pois assim Ele prometeu. (Cf. Mateus 10, 32-33)
Não precisamos ser juízes, amados. Isso não é de nossa alçada.
Precisamos ser anunciadores, que dependem Daquele que anunciam, para serem denunciadores que anunciam e anunciadores que denunciam, sem depender de homens, sem medo do pensem ou falem de nós... Busquemos a unção, a Face desse Deus que, em sua liberdade, escolheu a nós, terríveis pecadores, para sermos ungidos anunciadores que denunciam, denunciadores que anunciam, sabendo que temos um Deus que quer salvar a todos, (Cf. I Timóteo 2, 3-4 e II Pedro 3, 9), e quis precisar de alguns atrevidos filhos, investindo neles como investiu em outros noutros tempos, como Ezequiel, Oséias, Isaias, Jeremias, Naum, entre outros, como um Paulo ou um Pedro, ou mesmo um Francisco de Assis, que na época foi contra o próprio pai... Se escandalizam tanto por um discurso firme - não
autoritário - e esquecem que um Padre Pio, acusado por membros da Igreja, converteu um ladrão fiscal com um "tabefe" no rosto em defesa dos mesmos que o acusavam e o "agredido" se tornou um dos mais fiéis seguidores de Jesus através de Padre Pio! Unção!!!!
UNÇÃO!!!!
Isso vem de Deus!!!
Quando vem de Deus converte, traz para Deus e não para si! Milhares de pessoas seguindo homens da Igreja e não o Deus da Igreja que escolheu estes homens!!!!!
Busquemos a face de Deus!!!! Assim, transbordaremos esta face aos que nos ouvem...
As pessoas merecem nosso melhor: DEUS!!!!
As pessoas precisam do melhor: DEUS!!!
Isso basta a quem foi:

LEVANTADO PARA FALAR O QUE NINGUÉM QUER FALAR E POUCOS GOSTAM DE OUVIR

Pai de bondade, que a Tua misericórdia noa atinja nessa hora e nos faça contemplar Tua Face, pois é Nela que encontramos o sentido daquilo que anunciamos e de quem falamos... Revelai a verdade de Teu coração e com Tua unção, nos envie, nos levante, para que esta unção nos faça transbordar Tua Face e TE CONHEÇAM através de nossos passos... Em nome de Jesus. Amém.

Seu servo em Cristo, Antonio Lucio de Oliveira

IMPERDÍVEL!!!

PAPA FALA SOBRE RISCO DE ALIENAÇÃO DAS REDES SOCIAIS