sábado, 26 de agosto de 2017

A COMUNIDADE CRISTÃ


Para quem tem enfrentado problemas com a vida em comunidade, esta pregação vem de encontro a certas questões que podem ser contornadas e outras que podem ser consertadas... Confira!

terça-feira, 22 de agosto de 2017

PAGAR O PREÇO DO CHAMADO

"Depois, Jesus começou a dizer a todos: 
'Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a salvará. Com efeito, de que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se e a arruinar a si mesmo? Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do Homem também se envergonhará dele quando vier na sua glória, na glória do Pai e santos anjos.
Em verdade vos digo; alguns dos que estão aqui presentes não provarão a morte, sem antes terem visto o Reino de Deus.'" (Lucas 9, 23-27 - Tradução CNBB)

Confesso, irmãos que esse tema e essa passagem me perseguem desde que voltei para os braços da Igreja e a Jesus através da RCC.

Depois de mais de 15 anos a serviço de Deus e da Igreja, como missionário, pregando o Evangelho e, de forma especial, nos últimos 3 anos, onde, de forma mais intensa, Deus me chamou para viver pelo e para o Evangelho, esta passagem supra citada ganha um colorido diferente, um sentido transcendente que me faz ir além do que esse tema do artigo poderia oferecer.

Muitos pregadores e servos de Deus têm dito essa frase com frequência, entre as colocações de suas pregações, temas e desenvolvimento de opiniões, chega a ser comum esta expressão: Pagar o Preço...

Pagar o preço da unção, da restauração, da verdade proferida, da denúncia mal ou não aceita... Enfim, pagar o preço.

Se pensarmos um pouco, perceberemos que temos de tomar cuidado para não cairmos na tentação de pretendermos anular o preço único e insuperável que Jesus pagou por nossa salvação. O "preço" aqui trabalhado será figurado. Afinal, não fazemos mais do que deveríamos em favor do Reino!

Estamos num tempo onde muitos têm dado preferência ao comodismo em todas as áreas... Quanto mais cômodo, melhor, mais proveitoso, mais eficaz... Sabemos perfeitamente que no campo espiritual não é assim, porém, muitos transportam esta triste realidade também ao campo espiritual.

Aqui, irmãos, não escrevo para protestantes! Estou escrevendo para católicos, que, como eu, lutam pela própria conversão diária e luta pela conversão das almas! Então, para que não haja confusão, se atente a isso...

Cristo nos deixou um caminho de Cruz diário, conforme o texto do Evangelho supracitado, mas não disse isso para todos... "Se alguém quer vir após mim..."

Portanto, esta condicional é para quem quer e deseja segui-Lo. E Ele sabia bem do que estava falando. Se a Cruz era o maior suplício da época para com traidores do império, Jesus tinha plena consciência de que o "preço" a ser pago pela vontade do Pai em relação à humanidade, no que diz respeito a salvação dos homens.

"Seguir o Messias é participar de sua doação total" 

Esta é a citação no rodapé da Bíblia da CNBB que vem ao encontro da essência inspiradora deste artigo, irmãos, pois é este o real sentido da frase de Jesus nesta primeira revelação de Sua Paixão, morte e ressurreição. E é exatamente isso que a sociedade de hoje não compreende e, uma boa parte de católicos "batizados no Espírito" (a aspas é proposital e depois será explicada), também não compreende a dimensão e importância deste sentido nesta frase e têm deixado de colocar na história, páginas escritas por sinais de Deus deixados por estas pessoas, pois, o que vemos, são pessoas "experimentando" - pelo menos é o que dizem - e tentando dar "um jeitinho" em tudo.

Carregar a Cruz de cada dia como nos recomenda Jesus, é uma condicional ao seguimento.

Não há como seguir Jesus sem cruz e a cada dia! Pois a cada dia basta seu cuidado (Cf. Mateus 6, 34).

Muitos querem uma vida missionária recheada de missões e agenda cheia, sem Cruz, sem "pagar o
preço" do esforço que, venhamos e convenhamos, é uma exigência missionária comum a todos. Muitos querem grupos cheios sem comprometimento com Deus e a partir Dele, com o próprio grupo, que míngua, esvazia.

O pior de tudo são os responsáveis pelo pastoreio de suas ovelhas que Deus lhes confiou e verem essas ovelhas se dispersando e chegam a dizer os maiores absurdos: "Os espaços vazios estão sendo ocupados por anjos..." - Como se os anjos precisassem de grupo de oração, irmãos! "Deus quer qualidade, não quantidade..." - Quando se tem qualidade em algo, a procura por este "algo de qualidade" tende a aumentar e não a diminuir...

Venhamos em convenhamos, não dá para se ver muita qualidade em muitos lugares e em muitos destes servos e servas... Muitos já se "aposentaram" no Espírito Santo e se acham tão prontos a ponto de não necessitarem mais de formação alguma, não "pagam o preço" da fidelidade à unidade, já não podem dar de sua "vasta experiência" espiritual aos menos "experientes".

Outros se acham tão ótimos pelas formações de anos atrás que não "pagam o preço" do novo tempo proposto por Deus e vivem atacando - sutilmente ou não - as novas lideranças, a forma organizacional adquirida há tempos, independente do movimento. Como é lamentável ver verdadeiros "tiranossauros rex" com mentalidade espiritual pré-histórica a respeito de determinado movimento ou do Magistério da Igreja! Chegam a "demonizar" movimentos, comunidades ou espiritualidades que nascem na Igreja, que tem o próprio Deus como força dinâmica da Igreja!!!! Temos o Espírito Santo que sempre suscitou homens e mulheres, movimentos para darem um novo fôlego - se assim podemos falar - e assim, a Igreja ganha defensores(as), firmeza em seus membros que abraçam a causa e o carisma suscitado, e eis o que ganhamos: 2017 ANOS DE HISTÓRIA!

Está na hora de levantarem-se verdadeiros católicos que sabem a qual Igreja pertencem, antes de qualquer movimento a que pertençam ou comunguem da espiritualidade, mas defendam a fé que professam, a Igreja que foram batizados, o movimento a qual comungam da espiritualidade, mas que defendam sua condição de católico e sua catolicidade diante de uma sociedade preguiçosa, acomodada, relativista e dessacralizada, descrente, movida a milagres portentosos, crendices e superstições, mas não pela fé! Fé autêntica que se move, que nos faz ir além, nos faz "pagar o preço" de nossa adesão e decisão por Jesus, decisão de viver debaixo do Senhorio deste Deus que se fez homem sem deixar de ser Deus, que nos chamou livremente para que, livremente, O servíssemos através de Sua Igreja, deixada por Ele para nós.

Não se paga mais o preço do silêncio diante do barulho de gente questionadora e sem fé!
Não se paga mais o preço da falta de tempo em favor de coordenações dedicadas às ovelhas confiadas por Deus a nós, pecadores, leigos, mas que assumimos uma função de liderança e começamos a dar diversas desculpas, atacando movimentos, outras lideranças, porque aí, toma-se tempo, é preciso ser responsável, mas tem muitos eventos, muitas reuniões e aí, você sabe... A família cobra, etc.. Mas quando não estava em função de liderança, reclamava-se da falta de eventos, da falta de formação e coisas do gênero, agora que está à frente de um povo, tem responsabilidades, reclama do "excesso" de eventos - que, afinal, nem é tanto assim - ora ora! Vai entender!
Não se paga mais o preço de uma liderança bem formada e formadora através de exemplos! Mandam e desmandam as pessoas aos eventos - Quando mandam! - ou às formações, mas os que deveriam dar exemplo de docilidade e unidade com aquilo que assumiram, ah, meu Deus! Não vão e ainda reclamam, denigrem, falam mal, são irônicos e, muitas vezes, infelizmente, envenenam os corações dos irmãos, descreditando os eventos e formações, o que desemboca na falta de credibilidade no movimento - posso afirmar esse tipo de atitude com conhecimento de causa!
Não se paga mais o preço da obediência ao movimento, às lideranças responsáveis pelos participantes ou mesmo os próprios participantes entre eles. Querem questionar ordens, direcionamentos, moções e por aí vai...
Não se paga mais o preço da fidelidade aos direcionamentos, que quando chegam, são questionados e então, decidem discernir o que já foi discernido!
Não se paga mais o preço do esforço pela unidade e pela intimidade com Deus, da busca de ouvir profeticamente a voz do Senhor naquilo que escrevem, pregam, cantam ou mesmo direcionam... Se quer tudo "mastigado", preparado, para então, economizar tempo...
Não se paga mais o preço da renúncia, mas se sucumbe às cobranças da sociedade, da família... Não que isso não seja importante, irmãos... Para bom entendedor, pingo no 'i' é letra!
Se existem desequilíbrios das pessoas que não dão mais atenção à sua família, ou ao seu emprego, ou o que se valha, poxa, existe um dom, chamado discernimento  que nos ajuda a ouvir a Deus e a partir da intimidade com Ele, sabemos o que é a prioridade de Deus para determinada situação e determinado tempo. Abandono à vontade de Deus se faz necessário e isso, não se quer pagar o preço, pois esse preço do abandono desinstala, compromete, nos faz renunciar confortos, elogios, compreensões das pessoas que amamos, confiando somente em Deus, que nosso testemunho diante dos homens será honrado por Ele...
Falta hoje, cristãos de fibra, com  têmpera, com firmeza espiritual e, a partir dela, discernimento aguçado, um amor incondicional para com Deus que nos equilibra, que nos põe em nosso lugar, mas também, coloca no lugar devido cada situação, pessoa e circunstância, dando prioridade ao que necessita dela naquele determinado momento, pois afinal, quem nos chamou foi quem deu o que temos hoje!

Não se paga mais o preço da renúncia de si como fez Abraão em relação a Isaac.
Não se paga mais o preço da conversão como fez São Paulo.
Não se paga mais o preço da fidelidade como Maria.
Não se paga mais o preço da confiança em Deus como fez Gedeão.
Não se paga mais o preço da necessidade em favor dos pobres como São Francisco...

"Ah, mas estas pessoas fizeram isso em função da época em que viviam...", poderão questionar alguns céticos irresponsáveis ou acomodados que já se "aposentaram no Espírito"...

DEUS, POR ACASO MUDOU? (Hebreus 13, 8)
DEUS TEM DE ESTAR CONFORME O QUE PENSO OU ACHO? (Lucas 1, 38)

Onde estão os grandes visionários que vivem tendo visões e profecias constantemente, a ponto de banalizarem os dons de Deus, que não escutam o apelo de Deus: "QUEM ENVIAREI? QUEM IRÁ DE NOSSA PARTE?" (Isaías 6, 8)
Afinal, o tempo presente não tem sido favorável no que diz respeito àquilo que é sagrado, pelo contrário! Estão dessacralizando o sagrado! Profanando as coisas santas! Relativizando o absoluto!
Ninguém quer pagar o preço para remar contra a maré! Mas querem segurança e conforto na vida e até na missão...
Pagar o preço, significa, muitas vezes ser martirizado incruentamente, sem sangue, mas com a alma sendo espancada, atordoada e massacrada, muitas vezes, pela humilhação, ridicularização, cobranças injustas, incompreensões das mais diversas pessoas...
Poucos querem pagar o preço das madrugadas em claro em favor das almas, ou mesmo do rosário bem recitado e contemplado como nos pediu Maria em Fátima, ou ainda, de dar um jejum, mortificar a carne em favor das almas através de uma abstinência, de um jejum bem feito, de uma vida de oração aos pés do Mestre, ou mesmo de estar junto à Palavra de Deus, meditando-A, escutando a Deus... Querendo intimidade com Deus... Querendo estar, simplesmente com Ele.

Quando Deus nos faz um chamado, nos dá as ferramentas para executá-lo. Senão seria injusto da parte Dele, e isso, sabemos que Ele não é. Ele é justo, soberano, sem rival e sabe o que é melhor para nós... O problema é que não sabemos o que é melhor para nós e não queremos o que Deus sabe ser o melhor para nós... Queremos o que NÓS pretendemos ser o melhor... Queremos as coisas do nosso jeito, segundo nossos caprichos e da forma que melhor nos acomoda, ou mesmo nos faz ter prestígio e boa visão diante dos homens... Ah, mas foi isso que buscou Jesus??? Não é Ele nosso "modelo" de pregador, intercessor, servo...?
O grande "prestígio" de Jesus foi ser olhado como modelo de castigo a ser dado em quem buscasse a justiça, o amor e a misericórdia... Quem quisesse a salvação de um Zaqueu, de um Lázaro, de uma Maria Madalena, ou mesmo de um Mateus.
Nosso "HERÓI" não tinha uma máscara para esconder Sua identidade, mas uma coroa de espinhos que fez sangrar sua cabeça. Não tinha uma capa nas costas para mostrar notoriedade, mas chagas de uma flagelação sangrenta e cruel que retalhou suas costas, deixando-a em carne viva exposta. Nosso "Herói" não tinha cajado, clava ou superpoderes, mas furos nas mãos e nos pés e a Força do Espírito Santo... Não tinha poder de voar ou soltar raios, mas acalmava tempestades, andava sobre as águas e Deus Pai O R E S S U S C I T O U dentre os mortos!
Ele pagou o preço para nos dar a força maior de pagarmos o preço nesse tempo e nesta sociedade descrente e dessacralizada, relativista que não quer pagar preço algum em favor das almas ou de um chamado que não é compreendido por esta sociedade.
Deus nos conceda a força maior de Seu Espírito Santo para sermos testemunhas vivas e pagarmos o preço de nosso chamado e da salvação das almas!

Seu irmão e servo em Cristo, Antonio Lucio de Oliveira

IMPERDÍVEL!!!

A consciência e a vida correta