Ano de envio! Ano de ir até as Nínives que se apresentam a nós em tom desafiador para este tempo, onde uma boa parte das pessoas estão todas desejosas de irem para as Társis, a quilômetros da vontade de Deus, da ordem de Deus para os profetas, servos (as), membros da RCC, Igreja...
Depois do levante em 2023, do despertar do sono insólito e letárgico que muitos se encontravam, aos que despertaram, é hora do "para quê" desse levante. Muitos não têm entendido a pedagogia de Deus nestes últimos três anos, mas que Ele foi claro, com certeza foi:
ÀQUELE QUE SE ASSENTA NO TRONO E AO CORDEIRO O LOUVOR, HONRA, GLÓRIA E PODER - 2022 - Devolvendo a centralidade e o Senhorio de Jesus no trono de nossas vidas - propagando a identidade da RCC para que o mundo seja Batizado no Espírito Santo
DESPERTA, TU QUE DORMES! LEVANTA-TE DENTRE OS MORTOS E CRISTO TE ILUMINARÁ - 2023 - Despertar da sonolência indolente e levantar-se da condição de mortos, resgatando a identidade da RCC para que o mundo seja Batizado no Espírito Santo
A PAZ ESTEJA CONVOSCO! COMO O PAI ME ENVIOU, ASSIM TAMBÉM EU VOS ENVIO A VÓS - 2024 - Somos enviados, despois destes 2 passos: Um de retomada do que é próprio de quem fez a experiência do Batismo no Espírito Santo e outro para quem deixou a experiência de lado por motivos que somente a pessoa e Deus conhecem - mais Deus do que qualquer pessoa.
Disse-lhes outra vez: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. (Tradução AVE MARIA)
Ele lhes disse de novo: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. (Tradução JERUSALÉM)
E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.» (Tradução DIFUSORA)
"A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, eu vos envio. (Tradução Peregrino)
Fiz questão de registrar estas 4 traduções bíblicas da passagem para que percebamos, que independente da linguagem utilizada, das diferenças de expressão das traduções bíblicas, existe um envio!
EXISTE UM ENVIO!
E vejamos que o envio é do próprio Jesus, que faz o seu envio a nós COMO O PAI ENVIOU A ELE!
Isso potencializa o poder desse envio!
Há um poder incomensurável neste envio de Jesus a nós, irmãos!
Um poder que nos leva a IR até as Nínives apresentadas a nós de forma desafiadora, que esperam ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus! (Cf. Romanos 8, 19)
Muita gente está com a visão da "caricatura deformada" de Deus como Jonas, como expôs para nós, no ano passado, o presidente do Conselho nacional da RCC Brasil, Vinícius Simões em sua obra "LEVANTA-TE, VAI A NÍNIVE E ANUNCIA-LHES O QUE TE ORDENO", que explanou de forma sábia e ungida, um plano pastoral para seguir os direcionamentos que foram dados e desembocar neste segundo momento deste plano, que compreende o verbo IR no imperativo VAI.
Se seguirmos a dinâmica apresentada na primeira gestão da atual presidência e conselho, estaremos então GUARDANDO a identidade neste movimento de IR até as Nínives.
Esse IR compreende alguns fatores que Deus nos revela para bem executarmos esse movimento e precisamos entender bem esses detalhes para não deixarmos passar a graça que Deus está nos dando!
Não somos somente CANAIS de graça, irmãos, mas precisamos chegar ao nível de reservatórios para que não haja esgotamento espiritual como temos conferido!
Para que não haja desapontamento espiritual como temos visto!
Para que não haja isolamento espiritual, como Deus tanto insistiu conosco no ENF 2024, em Aparecida que detalhou esse direcionamento.
Para que não haja melindre, medo de tomar posse do caminho apresentado por Deus, onde Ele quer que vamos!
O Conselho Nacional da RCC Brasil discerniu em 20/09/2023, depois de dias de retiro e escuta profética, como já é de práxis do movimento tal zelo para com nossos direcionamentos, o que deveria servir de "controle" para a língua de muitos que falam contra o movimento, no que diz respeito a críticas sem fundamento por não participarem da vida do mesmo.
Mas vamos ao direcionamento.
Deus nos direciona a partir da ressurreição.
Leandro Rabello, coordenador do Ministério de pregação no Brasil, na última pregação de encerramento do ENF 2024 frisou bem este contexto e eu gostaria de partir dele para termos uma dinâmica crescente neste direcionamento.
Se é neste contexto que somos direcionados, não podemos tirar os olhos da ressurreição, e principalmente, do Ressuscitado.
Tudo o que Ele passou foi por amor a nós e para chegar neste momento de consumação ao contemplarmos a vida que Ele nos trouxe!
É uma questão de fé!
Como assim, Antonio Lucio? Vejam:
O momento e modo da ressurreição não é descrito: é objeto de fé e transcende a percepção humana sensível.
O Ressuscitado, sim, manifesta-se corporal e gradualmente do capítulo 20, de onde transborda o direcionamento.
Primeiro com sinais de ausência: Sepulcro vazio, lençóis e sudário abandonados, mensagens por terceiros, onde vai se aproximando...
Depois figura e voz irreconhecíveis, depois as marcas recentes da paixão...
É ESSENCIAL IDENTIFICAR O JESUS VIVO COM O ANTERIOR, COM AQUELE QUE PADECEU A MORTE DE CRUZ!
Olhem só como se dá o progresso na fé:
Primeiro crê o discípulo predileto, depois Maria pela visão, pelo ouvido e pelo tato. A seguir o grupo todo, finalmente, o atrasado teimoso, tendo nas manifestações, o acompanhamento de dons e encargos.
Percebem?
O primeiro para Maria: Ser a mulher evangelista da ressurreição.
A seus discípulos, o dom da sua paz, do seu Espírito e da missão.
A Tomé, a bem-aventurança da fé.
Percebam, irmãos, que antes de manifestar-se aos seus apóstolos, Jesus se manifesta para aquela que O experimentou de maneira intensa.
Foi até os extremos de estar diante do Crucificado.
Ela PRESENCIOU o ato da salvação da Cruz do Calvário!
Ela fez a experiência de salvação de forma totalitária.
Desde a pregação de Jesus onde se deu sua libertação, até a experiência de caminhar com Ele por um tempo, ESTANDO com Ele.
Recolheu a promessa de salvação ao preço de Sua paixão, morte e ressurreição.
Acompanhou, provavelmente não tão perto quanto gostaria, o suplício do Calvário até a chegada no Gólgota.
Ao chegar lá, FICOU lá com Maria Santíssima até tudo ser consumado.
Que amor é esse?
Amor de alguém que experimentou a salvação em Jesus!
Amor apaixonado que determinou a esta mulher que jamais se afastasse de Jesus ou tirasse seus olhos Daquele que havia dado sentido à sua vida... Como não ser "premiada" com essa manifestação primária do Ressuscitado?
Claro que não é uma questão de premiação, recompensa ou coisa que se valha... Absolutamente. Mas foi a primeira.
Não tinha os olhos, inicialmente no Ressuscitado, a ponto de tê-lo como jardineiro (Cf. João 20, 15).
Jesus se identifica na pronúncia do nome dela, onde aí ela reconhece Aquele que ela ama tanto! Ao tirar os olhos do Ressuscitado nosso amor é bombardeado com as distrações e imaginações, com as marcas de nosso passado que acabam turvando nosso olhar, minando nosso amor apaixonado do início e nascem os desapontamentos, desânimos, isolamentos, afastamentos...
Ficamos paralisados, sem forças de ir a algum lugar, até mesmo por causa de Jesus.
Ela recebeu a incumbência de avisar os irmãos na manhã daquele domingo... Ah, meu Deus do céu!
O sentimento de ir à Santa Missa para encontrar a Jesus Sacramentado, atualizar o Sacrifício de Nosso Senhor quando vamos... Ahh meu Deus....
Será que esse sentimento ainda existe numa proporção significativa em meio a nós, RCC?
O Espírito que nos ergueu é o mesmo que acompanhou e ressuscitou a Jesus e nos dá de forma real na Eucaristia, nosso ponto mais alto de nossa fé!!!
Amados, é de doer ver que esse sentimento não existe mais em muitos!
Pessoas que fazem desse momento de encontro em nossos encontros, inclusive neste ENF, com conversas absurdas, frívolas, no meio da Santa Missa!
Andando, conversando, tirando a atenção de quem "tenta" pelo menos manter o foco, vão embora antes da benção final, "atropelam" as pessoas para irem embora...
Amor a Jesus Sacramentado e seu Santo Sacrifício? Quem sou eu pra definir algo a respeito?
Mas esses tipos de atitudes não revelam amor a Jesus Sacramentado e comungado a quem assim age, desculpe, já que o testemunho é a exigência consequente da alegria e paz do encontro que gera o mandato aos apóstolos, que é a cena seguinte.
Notem bem que esta experiência de Maria com Jesus foi pela madrugada/manhã.
A dos apóstolos foi na tarde desse mesmo dia, o primeiro da semana, domingo.
O medo dos judeus fez com que os apóstolos e quem estava naquele Cenáculo, fechassem as portas do recinto.
Quando tiramos os olhos de Jesus Ressuscitado, assimilamos um medo inexplicável da opinião das pessoas em relação ao que cremos e queremos viver em Deus, ficamos com receio de ser fiéis a Deus!
Absurdo? Sim, mas é o que acontece.
Fechamos as portas da vida em comunidade autêntica e sem firulas ou melindres e nos trancamos em isolamentos infecundos.
E precisa-se entender algo que não foi dito no ENF ao ser mencionado esse isolamento: Ser RESERVADO é diferentíssimo de ser ISOLADO.
E ser uma pessoa RESERVADA não exclui atitudes que mostrem a vida em comunidade. Com passos pequenos, as atitudes mostram a diferença. É só saber ter um olhar ampliado para isso. A pessoa isolada não aceita papo! Ela se isola mesmo e se justifica sempre, não gosta de ser cobrada e esbraveja quando acontece. Diferente da pessoa reservada que ouve, não esbraveja e se esforça para viver em sintonia e vencer sua reserva.
É DIFERENTE!
Notem bem, irmãos, que Jesus não se deixa vencer pelas portas fechadas do medo!
Ele se coloca no meio!
Que Fantástico!
Jesus já chega anunciando para aqueles amedrontados: "A PAZ ESTEJA CONVOSCO!"
Mostra as marcas da crucificação para comprovar quem era... Cultura judaica.
A alegria tomou o lugar do medo (Cf. João 20, 20)
O anúncio foi REPETIDO: "A PAZ ESTEJA CONVOSCO!" e então, vem o envio.
A saudação com a paz é cumprimento de promessa (Cf. João 14, 27, Isaías 60, 17, Isaías 66, 12), bem como a alegria (Cf. João 16, 20-22, Isaías 51, 3 e 11).
Saindo do medo, a alegria do encontro com o Ressuscitado é o que impera no ambiente!
Saindo o medo de nosso coração, Jesus tem liberdade para trabalhar uma alegria e paz que não se separam em momento algum!
A paz da salvação e a alegria de encontrar o Salvador! Aí o coração fica acessível ao envio.
A aceitação é mais provável num coração que realmente se encontrou e deixou a paz e a alegria imperarem dentro de si.
Pois acontece um encontro entre a Graça de Deus abundante e a responsabilidade de quem a recebe de se deixar tomar por estes 2 frutos do Espírito de Gálatas 5, 22, onde estão um ao lado do outro após o fruto do amor!
Sim, irmãos! O amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado (Cf. Romanos 5, 5) se torna fruto que irradia os outros frutos e se formos prestar atenção na sequência Amor - Alegria - Paz, temos uma matéria prima inesgotável para aceitar e dar vazão ao envio que vem logo após o desejo de Paz que desperta a alegria dos Apóstolos.
Do mesmo modo, se deixarmos o livre e natural curso da graça em nós, isso causará uma subida nos degraus da ascese e mística cristã! Algo que todos os santos e santas da Igreja cultivaram e fizeram com que chegassem onde chegaram!
Muitos, hoje, buscam a mística sem ascese e isso não existe!
NÃO EXISTE!
Pois uma anda ao lado da outra, uma alimenta a outra, uma provoca a outra!
Preciso vencer o mais perigoso inimigo da minha alma: EU.
Se desconheço a vontade de Deus, vivo entranhado em meus medos, sem responsabilidades diante da graça que Deus me dispensa, como aceitarei e acolherei o envio? Se o fizer, como desempenharei o que o envio me implica? Como direi que sou um instrumento de paz e alegria se desconheço até quem me enviou e por isso desconheço Sua vontade?
Bem, a terceira cena está ligada à segunda: A manifestação de Jesus se dá para 10 apóstolos.
Sabemos que Judas Iscariotes está morto. Quem falta? Tomé. O conhecido por Dídimo ou Gêmeo.
Os versículos 24 e 25 de João 20 resumem a chegada de Tomé e a alegria dos discípulos de terem visto a Jesus!
Tomé rebate dizendo que não acreditará se não tocar em suas chagas.
É interessante, pois sempre paramos aqui em Tomé.
Chamamos ele de incrédulo (como o próprio Jesus o chama no V. 27). Porém, me chamou a atenção o que o Leandro Rabello nos trouxe no ENF: O que levou Tomé a não estar com os outros 10 ali no Cenáculo? O que era mais importante do que estar ali? O que levou Tomé a vencer até o medo dos judeus que fizeram os outros FECHAREM AS PORTAS POR MEDO?
Aqui foi trabalhado o isolamento que falamos acima. Gostaria de ir além.
Se olharmos o capítulo seguinte de onde estamos, vamos notar que Tomé estava entre os 6 que foram pescar com Pedro, que desapontado, cansado, precisando ser curado das negações, decidiu voltar a pescar PEIXES, quando já tinha sido enviado a ser pescador de HOMENS (Cf. Lucas 5, 10).
De alguma forma, Pedro tinha uma liderança e acabou que os outros 6 o seguiram. Deu no que deu: Não pescaram nada!
Bem, essa a gente fala num outro momento.
O fato é que a Escritura nos abre um leque vasto espiritual para as motivações de Tomé.
Decepção por não ver a libertação de Israel em Jesus como era esperado?
Medo do que falariam para ele após voltar para os seus, que talvez ou com certeza não haviam entendido sua decisão de seguir a Jesus?
Amargura pela espera de se concretizarem as promessas que Jesus havia feito enquanto caminhava com eles?
Em nossos grupos de oração, será que não vemos alguns Tomés por lá?
Por isso, como Tomé, a prioridade não fosse estar junto à Igreja, junto à comunidade...
A ausência gera indiferença.
A indiferença gera insensibilidade.
Insensibilidade gera desprezo.
Desprezo gera mudança de foco e prioridades, pois deixa de ser importante para dar a importância a outra coisa no lugar.
No caso de Tomé, não temos essa informação do que seria, mas teve força o suficiente de tirar ele da comunidade apostólica.
Aí gera a incredulidade que fez Tomé conferir se era Jesus mesmo ou os Apóstolos tinham "viajado na maionese", num delírio coletivo de alucinação!
Olha onde chegamos!
Existem muitos "alucinados" também em nossos grupos de oração! Vendo coisas onde não tem, criando "pelo em ovo" com a deturpação da identidade, quando se trata de servos, pessoas da assembleia vendo coisas em casa, sendo machucadas em casa, no trabalho e quando ficam sabendo do grupo de oração, tomam coragem, vão e não encontram o Deus que vieram buscar com as respostas necessárias e acabam não voltando mais!
Porque será?
São os Tomés das Nínives desafiadoras aos quais somos chamados a ir! Tomés que se isolam em suas Társis, a quilômetros de distância da vontade de Deus e não conseguem se desvencilhar disso! São os Tomés enfraquecidos, sem estrutura, colocados, muitas vezes na linha de combate num serviço do grupo de oração e quando vem o ataque espiritual, quando chega a Cruz, quando chega a ausência de Jesus que nos educa na fé, sem forças, não consegue dar a prioridade à comunidade, onde encontraria (ou deveria encontrar) forças em seus irmãos para que a comunidade, cheia do Espírito Santo, comunicasse a força do Batismo no Espírito para que esses irmãos passem a dar a prioridade, deixando brotar o sentimento de pertença, vencendo o isolamento, a amargura, decepção, dores interiores....
A lista pode ser quilométrica!
Não adianta somente dizer que já conhece Jesus. Tomé também O conheceu.
Judas Iscariotes também.
O Jovem rico, sem nome também olhou diretamente para Jesus, frente a frente (Cf. Mateus 19, 16-22/Marcos 10, 17-31/Lucas 18, 18-30).
Mesmo assim voltaram atrás com tristeza, se mataram (fisicamente ou espiritualmente) ou se isolaram ou deram a prioridade a outras coisas...
Lembre-se sempre que ser uma pessoa reservada é diferente de ser isolada.
Irmãos, a quarta cena do capítulo 20 coloca o mesmo Tomé diante de Jesus e Jesus diante dele.
Oito dias depois...
Uma semana depois, no domingo seguinte, Jesus veio de portas fechadas e se colocou no MEIO DELES de novo, porém, João frisa que Tomé estava com eles agora.
Pela terceira vez no capítulo, João traz a saudação: "A paz esteja convosco!"
Essa paz faz a diferença! Torna-nos instrumentos de paz.
Eis o segredo transformador da experiência com o Ressuscitado!
Uma paz que ninguém será capaz de tirar de nós!
A sequência da cena nos mostra um Jesus "direto e reto"! Na tradução da Bíblia Peregrino, lemos "Depois, diz a Tomé:"
Ou seja, se volta de forma pessoal a Tomé. Não fica na beirada e nem faz rodeio.
É direto ao questionamento e dúvida que trazemos, assim como Tomé.
A bem da verdade, não sabemos as razões de Tomé e deduzimos algumas coisas.
Talvez essas deduções sirvam para esse tempo também.
O fato, irmãos, é que, muitas vezes acabamos "pintando" um Jesus diferente Daquele que conhecemos no Evangelho.
São Jerônimo afirmou: “Desconhecer a Sagrada Escritura é ignorar o próprio Cristo”
Querem um Jesus adaptado aos seus gostos, caprichos e necessidades.
Santo Agostinho dizia: "Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não gosta, não é no evangelho que você crê, mas, sim, em si mesmo."
Nestes últimos direcionamentos de Deus para a RCC Brasil, graças a Deus, muitos têm entendido e abraçado até, mas uma boa parte não vai até o fundo da questão para abraçar totalmente e viver os direcionamentos, exatamente porque pára na adaptação de Jesus a seus gostos e caprichos, fazendo Dele um Jesus "LIGHT", como dizia saudoso Padre Léo, sem calorias, sem exigências, sem ser direto quando precisa.
Podemos considerar que Jesus, neste momento, deu uma formação pessoal a Tomé.
Pois no processo formativo da RCC, temos a possibilidade de colocar as mãos nas chagas de Jesus e comprovar que é Ele mesmo que está nos ensinando a dar passos de fé na direção da maturidade espiritual.
Esse conhecimento profundo de Jesus precisa nos levar a amar!
Se não nos leva a amar como Jesus amou, esse conhecimento é improdutivo, inválido, infrutífero, pois foge do princípio do Formador por excelência!
Por isso é necessário ter zelo e dedicação neste processo formativo em suas fases querigmática, módulo básico e ministérios específicos da RCC. Tem um porquê e um para quê!
Por que o processo passa pela experiência em todos as dimensões desde um anúncio querigmático catequético experiencial (Seminário de Vida - 9 semanas, Experiência de oração e introdução aos dons), que nos leva a querer conhecer a fundo o movimento que me faz igreja na Igreja.
Qual sua identidade?, está em unidade com a Igreja?, quando nasceu?, quem estava lá?....
Passamos a ver o sentido de um grupo de oração, conhecendo seus momentos, missão, objetivos, aprendendo a lidar experiencialmente com os carismas, aprendendo a acolhê-los para o bem do serviço à Igreja, passamos a entender o propósito da oração, porque e para que trilharmos um caminho de santidade, sem contar que temos uma "pitada" de autoconhecimento na formação humana que interliga tudo isso dentro do módulo básico, que desemboca num caminho de discernimento que o Espírito Santo vai direcionando para a formação específica de ministério...
Não seguir esse caminho de processo formativo, traz um risco muito grande de mutilarmos o processo pessoal de cada um, visto que este processo nos dá a consciência da continuidade até nosso último suspiro!
O processo formativo da RCC nos torna guardiões da identidade deste movimento, dando-nos tamanha firmeza de discípulo, tamanha força espiritual que não abandonamos mais o Mestre, independente da circunstância que vivemos! E digo isso com conhecimento de causa, irmãos!
Foi este processo que me manteve firme e desejoso de Jesus a cada dia mais!
Cada ensino me dava sede de querer ainda mais!
Sem contar que este processo formativo da RCC, a quem se abandona, torna-se um caminho de cura.
Tomé precisava passar pelo processo formativo de Jesus para saber se colocar em seu lugar, como aconteceu com João Batista.
O lugar de Tomé não era a exigência de que Jesus provasse quem Ele era! Era aceitar que Jesus era, é e sempre será o Salvador!
Aquele que venceu a cruz do Calvário e a morte com a ressurreição que Ele estava mostrando aos 11! Ah, meu Deus do céu!!!!
Com tantos se arvorando como deuses de si mesmos dentro e fora da RCC e da Igreja, precisamos desta experiência urgentemente!
Descobrir que nosso lugar é aos pés do Mestre, sem a pretensão de ensiná-Lo a ser Deus!
A pretender ensiná-Lo quando e como agir!
EI, RCC! Despertemos!!!
Precisamos voltar ao nosso lugar como João Batista que entendeu que seu lugar não lhe dava direitos, sequer de desatar as sandálias de Jesus!!! Imaginem eu e você?
Precisamos entrar no Cenáculo com Tomé a aprendermos a nos parecer mais com Jesus. Tomar as feições Dele.
Na formação, Jesus nos toma de forma clara como um amigo que fala abertamente com outro amigo, sem medo de melindre, frescura, mimimi, ou mesmo, sem a mania de adaptá-Lo ao nosso bel prazer e gostos.
Pois Ele vai fazer como fez a Tomé no Versículo 27 de João 20: "Põe aqui o dedo e vê minhas mãos. Estende a mão e coloca no meu lado, e não sejas incrédulo, mas crê." (Tradução Bíblica Peregrino)
Na lata! Sem rodeio!
Quem está junto de Jesus como amigo (Cf. João 15, 15), pretendendo servi-Lo, não pode esperar outra postura Dele a não ser essa diante da incredulidade!
Ninguém serve alguém em quem nem sequer acredita!
Jesus dá uma palavra de ordem a Tomé: de CRER!
Creia, Tomé!
Não duvide mais!
Não titubeie mais!
Não invente desculpas!
Não se justifique mais!
CREIA!
Não desvie o olhar de Mim para não perder o foco ou a prioridade!
Não faça média com as pessoas! Ame-as!
E aqui irmãos, está algo contundente acerca desta cena: Tomé tenta fazer uma espécie de "média" com Jesus, no Versículo 28: "Meu Senhor e meu Deus."
Dá a impressão que Tomé faz uma reverência a Jesus, não dá? A Escritura não deixa isso claro e nem cita essa possibilidade, mas que dá a entender que Tomé tenta remediar a situação. Não tem como.
Jesus já ouviu na semana anterior a fala de Tomé.
Quando falamos algo a Jesus, não tem como apagar! Ele nos leva a sério!
Talvez como não O levamos a sério, mas Ele nos leva a sério! Se falamos a Ele, Ele escuta e leva a sério.
Nós voltamos atrás e Ele até nos ajuda a superar a "caca" que falamos, mas não apaga, leva a sério e pede contas. De forma pessoal!
Nem sequer a Sagrada Escritura cita outro Apóstolo nesse diálogo entre Jesus e Tomé.
E a resposta direta e aguda com promessa a NÓS é de "bate e pronto" a Tomé: "Porque me viste, creste. Felizes os que crerão sem ter visto" (Cf. João 20, 29 - Tradução Bíblica Peregrino)
Tudo na Igreja, visa a salvação das almas!
Se nós, RCC, não visamos a salvação das almas no que fazemos e a quem fazemos, perdemos o rumo como Tomé e deixamos a verdadeira prioridade por outra qualquer e se não é para ir onde Deus manda e a quem Ele manda - e Ele não quer perder ninguém! - é melhor ficar em casa, sem tomar ou perder o tempo de quem tem claro que a salvação das almas é a meta primordial de quem foi batizado no Espírito Santo de forma autêntica!
E a RCC será tão missionária em seus membros quanto for fiel à sua identidade, sem mutilações, falsificações, adulterações!
É preciso deixar a posição de incredulidade, medo, amargura, isolamento, abandono do Mestre, melindres, apegos, decepções, desapontamentos, receios, dúvidas ou desejo de desistência, para ocupar a posição que Jesus quer nos dar a partir desta experiência: A DE EMBAIXADORES DELE, DE CRISTO em todos os lugares, para que no ano que vem, anunciemos o que Deus nos mandar anunciar!
Propagando assim, a identidade que foi resgatada e guardada para este momento, para que o MUNDO SEJA BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO!
A salvação das almas é a urgência!
Não nos auto-enviamos! Quem nos envia é Deus!
E Ele nos manda onde Ele quer para anunciar o que Ele manda, como Ele quer.
Ele nos dá o que necessitamos: Amor entranhado, fé, esperança, alegria, confiança cega em Deus, humildade, Vigor missionário, retidão de vida, Carismas, Comunhão de coração com os irmãos e com a Igreja, resiliência, obediência a Deus e à Igreja...
É preciso ter uma retomada a exemplo de Jonas e Tomé, indo à nossa Nínive interior para que brote em nossa alma esse ímpeto extraordinário do Espírito Santo que nos faz ir às outras Nínives de nossos grupos de oração, consertando as redes que ficaram danificadas pela falta de atenção necessária, desleixo espiritual, relaxamento na conduta espiritual no contra testemunho, negligência no servir para também ir até os jovens, às famílias que estão em várias Nínives espalhadas pelo mundo a fora!
Se o que temos feito até aqui, dividiu de alguma forma o Corpo de Cristo que é a Igreja, NÃO VEM DE CRISTO!
Chega de dividir o corpo de Cristo, mais do que já foi, irmãos!
É chegada a hora do exército de Cristo se levantar e guerrear na sua posição de vitória: DE JOELHOS DIANTE DO MESTRE!
Este ano, não é tão somente um ano de envio! É ano de ir e guerrear de joelhos, pois, como prometeu Jesus a Tomé: "FELIZES OS QUE CRERÁO SEM TER VISTO"
Nós não O vimos como Tomé viu, então podemos tomar posse desta promessa de felicidade garantida!
Felicidade em ver a salvação chegando naqueles que tanto sofreram até aqui!
Felicidade do encontro com o Salvador que não mede esforços para salvar!
Felicidade em ter a companhia constante do Mestre mediante o Batismo no Espírito Santo!
Felicidade em experimentar o poder da Palavra de Jesus nos enviando às Nínives desafiadoras do nosso tempo!
Felicidade em proporcionar a experiência de Tomé aos Tomés de nossos grupos de oração!
Felicidade em nos deixar tocar pelo Mestre em nossa Nínive interior, particular...
Felicidade em cumprir a ordem do Mestre Jesus em permanecer em nossa Jerusalém sem isolamentos.
Felicidade em termos um voto de confiança de Jesus ao sermos enviados na mesma potência salvífica que o Pai O enviou a nós!
Essa felicidade é revestida da paz do encontro com o Salvador, envolvida na força do alto, o Espírito Santo, sustentada no exercício dos carismas de forma responsável e salutar, sustentada na vida fraterna em comunidade em nossos grupos de oração, sem mutilarmos a identidade do movimento que nos faz igreja na Igreja, é o que nos faz levantarmos como um Novo Tomé que depois de Pentecostes, vai até as últimas consequências de seu testemunho de fé e encontra a coroa do martírio no Testemunho autêntico do anúncio do Evangelho que ele experimentou no dia da Ressurreição de Seu Mestre e nosso Mestre Jesus.
Saiamos da condição do Jonas que iria para Társis para tomarmos posse da condição do Jonas que vai à Nínive e se deixa converter em sua visão deturpada de Deus para experimentar os cuidados de Deus como aconteceu com Tomé, Pedro, Paulo, Agostinho, Tertuliano, Policarpo, Camilo, Verônica Giulianne, Gemma Galgani, Bernadete...
Falta eu e você completarmos essa lista. Vamos? Ele está nos enviando:
"A PAZ ESTEJA CONVOSCO! COMO O PAI ME ENVIOU, ASSIM TAMBÉM EU VOS ENVIO A VÓS."
Paz e fogo. Muita unção e sede de santidade. Miserável servo dos servos de Deus, Antonio Lucio