quarta-feira, 30 de maio de 2012

COERÊNCIA DOS MÚSICOS

Irmãos, paz e fogo.
Nas minhas andanças pelos eventos, grupos de oração, encontros, etc., tenho conferido algumas coisas que  infelizmente não estão de acordo com o chamado que Deus fez a quem exerce tal ministério.
Quando voltei para a Igreja através da RCC, logo fui inserido num ministério de música, que aprendi a amar e respeitar tal ministério e também aprendi a zelar pelo mesmo.
Minha primeira formação foi com a Comunidade Recado. Três módulos de bênção que nunca me esqueci.
Passei a ter um zelo muito grande por este ministério e também a zelar pelo testemunho dos que assim exercem seu chamado.
Sabe, irmãos, depois disso, Deus me encaminhou para águas mais profundas e então veio o chamado à pregação.
A partir de então veio todo o amadurecimento espiritual, a estrutura espiritual, enfim, ainda amando tal ministério, mas exercendo agora um chamado de Deus que se estende até hoje.
Bem, a RCC me ensinou a zelar pela música dentro dos grupos de oração e creio, irmãos que alguns ainda não se deram conta que o ministério de música dentro dos grupos de oração é apenas o trampolim do povo para entrarem em oração. São apenas um cartão de visitas dentro de um grupo de oração, onde não são chamados a darem shows particulares, mostrarem vaidades, serem o centro das atenções... Pelo contrário!
São chamados à discrição, levando as pessoas a Deus e não a si mesmos!
Sem contar a falta de discernimento dos mesmos!
Sinto falta de ministérios atentos ao que está sendo pregado... Dos ministérios que fazem as pessoas entenderem o que está contecendo no grupo de oração, levam ao ciclo carismático, ministram conforme o tema sugerido pela coordenação ou dentro de um seminário...
Sem demagogia, irmãos! Tem hora que é duro de estar dentro do grupo de oração pela ausência de coerência dos ministérios.
Comecemos pelos instrumentos:

1 - Tem Igrejas e capelas onde  aacústica do local não favorece uma bateria e enfiam uma bateria lá, agredindo os ouvidos da assembléia e não ajuda a prestarem atenção no que está sendo ministrado pela música, bem como, tem lugares onde não se cabe uma guitarra, primeiro pela potência sonora da mesma e outra que muitas vezes, o músico quer dar show e distorce o som, faz as estripulias incoerentes para mostrar a habilidade do instrumento...irmãos, isso não é necessário... E quando o grupo de oração é muito simples, não cabe a complicação dessa parafernália de instrumentos... Coopere com a simplicidade do grupo de oração e das pessoas.
2 - A mesa de som é outro problema sério em alguns lugares. O violão se sente muito baixo e aumenta o som. A guitarra se acha muito baixo e vai aumentar também. O contra-baixo se sente muito baixo e aumenta o volume também, o teclado sente que não está acompanhando os outros instrumentos e vai lá na mesa aumentar... Bem, em virtude desses fatos a voz de quem canta fica em último plano, sem nenhuma chance de  ser notada! Vamos ser coerentes, né!

Vamos ao discernimento agora:

1 - O coordenador do grupo de oração ou do evento, sabe do que faz (pelo menos deduzimos isso, já que estamos a serviço deles), portanto, estar em unidade com a coordenação é imprescindível. Conheço coordenadores que estão ficando sem cabelo na cabeça de tanto esquentarem a mesma pelos ministérios desobedientes à moção do grupo, desobediente às ordens da coordenação... Músicos, lembrem-se do que São Francisco dizia: "O obediente não peca".
2 - Num grupo de oração, sempre gostei de seguir a moção que é dada pela intercessão ou pela coordenação pois assim define a necessidade do grupo e ajuda-nos no discernimento do que pregamos. Uma grande parte dos músicos não respeita isso. Cantam o que querem e não o que Deus quer! Não fazem as pessoas da assembléia entender o que foi pregado, não afunilam a ministração para a pregação, mas abrem um leque desnecessário de músicas cansativas, sem cristividade nenhuma e nem mesmo ora o que cantam, mostrando uma espiritualidade ridícula, medíocre e deficiente que prejudica o andamento do grupo ou evento. Sem contar que a irresponsabilidade da falta de espiritualidade acrescenta um baita fardo nas costas de quem reza dentro do ministério, banda, sei lá. Vamos ter coerência com nossa vida de oração e obediência!
3 - Muitos músicos, ministros e etc, cometem um erro sério num grupo de oração e eventos por aí: Ministram até a hora da pregação (muitas vezes ministram errado!), quando o pregador começa a pregação, muitos saem. Já vi alguns irem afinar instrumentos, outros a jogarem conversa fora, outros a darem uma volta, outros ainda para namorar!!!! Não ficam ali a serviço, estão em busca de prestígio! Desculpem, irmãos músicos, Deus pedirá conta disso! Ele chamou a todos para darem testemunho de, pelo menos, um pingo de interesse pela PALAVRA QUE INSPIRA SUA MÚSICA!!!!! Músico sem conteúdo da Palavra é um "címbalo que retine" como diz São Paulo aos Coríntios. É desrespeito, falta de educação com a Palavra pregada! Quando chega a hora do fechamento da pregação, não sabem o que tocam, e quando o fazem, fazem mal feito, com uma música que não dá o sentido real da pregação! Povo de Deus, coerência! Seja educado pelo menos!
4 - Muitos ministérios têm a graça de terem alguém que conduza, ministre a música, os momentos e, infelizmente, em alguns lugares, chega a me dar desespero para que acabe logo o ditocujo momento. Pois a oração começa com Maria, passa pelo Espírito Santo e aí se ora em línguas no momento mariano e o povo não entende se é para orar com Nossa Senhora ou no Espírito Santo... Que eu saiba, ambos são pessoas bem distintas uma da outra. Isso quando não se pede um batismo no Espírito Santo e depois de uma frase: "Vem Espírito Santo" - não era para pedir o BATISMO NO ESPÍRITO? - começa-se a orar por libertação, por cura e o povo que começa a pedir o Batismo no Espírito fica todo perdido pois quando se abre para pedir o mesmo, já está se pedindo cura e libertação, milagres e afins. Gente, parece que as pessoas não conseguem nem diferenciar as pessoas divinas mais! Não sabem separar os momentos e ainda vem me dizer que isso deixa o grupo mecânico! Ah, vai tomar banho! Mecânico é como deixamos o povo: Parados sem saber o que devem fazer primeiro, se louvar, orar por cura, clamar por Maria, pedir o Batismo no Espírito... Coerência, irmãos nos momentos e pessoas divinas...

Sabe, irmãos, é de chorar a situação de muitos grupos de oração quando não vemos um ministério de música a animar tal grupo, mas o que vejo, é a falta de humildade de muitos músicos, perguntando sobre quantidade de pessoas... Uma soberba sem tamanho invadiu muitos ministérios de música que eles chegam nas Igrejas, nem mesmo fazem um momento de oração, pois têm que arrumar instrumentos, afinar, arrumar microfones, e o Autor do chamado que o músico tem fica esquecido num canto da Igreja, pois o "maestro" está se preparando para o grande "show"...Misturar-se com os outros ministérios do grupo? Nem pensar!
Eles são os ilustres personagens principais de um grupo de oração que quer proporcionar aos seus participantes um encontro pessoal com... Jesus? Não. Com eles mesmos.
Desculpem os irmãos que não precisariam ler tais coisas. Não são todos os ministérios assim, irmãos, em nome de Jesus, não são todos!
Mas os que fazem tais coisas, vão muito além.
Uns tem o dom da "cisma". Cismaram que têm o chamado para serem ministros de música e ficam lá na frente, gritando - quando cantam - atrapalhando os outros irmãos que tocam - pois não sabem a música que ensaiaram, pois no lugar do ensaio tinha um evento mais importante, a saber, um jogo de futebol, um churrasco, um shopping, sabe como é... -, é difícil isso, pois para falar a verdade com tais pessoas, alguns ficam com medo de magoar, da pessoa se afastar... Deixemos de ser bobos e sejamos de Deus!
Onde tem Deus tem a verdade!
Irmão, músico, musicista... Busquem o alto! Afeiçoem-se ao alto!
Levem as pessoas para a meta que todos queremos: O Céu!
Busquem uma vida espiritual sólida, de santidade e oração, de unção, para assim, transbordarem quando tocarem para o povo que estará diante de vós.
Parem com essa frescura de quererem um Gianini, ou marcas que sejam o TOP de linha... Ainda que seja bom um desses, a unção está acima da técinca e quando colocamos esta unção, esse chamado, esta espiritualidade na técnica que possuimos, no aparelho que possuimos, na voz que possuimos, então Deus acontece na vida de quem nos escuta.
Esta é a missão! Fazer Deus acontecer na vida de quem nos escuta!
Vosso ministério, irmãos, é o único que a resposta vem de imediato. Pedimos para levantarem as mãos e as pessoas levantam, para dizer "a", "b" ou "c" e elas dizem. A resposta é imediata!
Vossa responsabilidade é grande.
Respeitem a Liturgia quando vocês a cantarem. Respeitem os momentos do grupo de oração onde vocês ministrarem, repeitem a espiritualidade, a identidade do movimento... Irmãos músicos, vosso dom foi dado por Deus para arrebanharem as almas a Ele!
Façam isso! Mostrem para que vieram! Não sejam ídolos que fingem ser de Deus!
Sejam músicos inspirados que sabem o Deus que os conduz e chamou!
Amem vosso ministério como Aquele que amou você por primeiro ama as almas que te ouvem!
Zelem pelo dom divino de fazer acontecer os hinos celestiais aqui na terra!
Façam ecoar no mundo a unção e inspiração de Deus em favor das almas...
Paz e fogo.
Seu irmão em Cristo, servo dos servos de Deus Antonio Lucio de Oliveira.

4 comentários:

  1. Querido irmão, a Paz de Jesus, é muito bom ler essas palavras que me alegram, mas que infelizmente nem todos as praticam, é triste ver e ouvir de como muitos ministérios de música e Bandas "famosas" não tem Deus em 1º lugar!

    Forte Abraço...

    Chupa o abacaxi!

    Samuel - GOJ Rumo ao Céu!

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    1. Esta é a razão, irmão Samuel de eu escrever este artigo e pode aguardar que vem mais abacaxi a respeito de tais ministérios... Chupa esse abacaxi com casca agora!

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  2. O que se observa por aqui na Arquidiocese de São Paulo e, em especial na região sé é uma terrível falta de músicos, muitos GO nem músicos que cantem e toquem apenas não há, quanto mais músicos que ministrem o louvor. Monsenhor Jonas Abib em seu livro "Músicos em ordem de batalha", exorta-nos a criarmos ministérios de louvor e adoração e não bandas, estendendo minha crítica a algumas bandas famosas por ai que pregam um deus subjetivo para tentar atrair os jovens e não parecer piegas proclamando o nome de Jesus então dizem: eu te amo...voce é tudo pra mim...mas omitem "Jesus eu te amo...Jesus é tudo pra mim".
    Geralmente o ministério de música é conduzido por jovens e, citando Martin Valverde a sensibilidade do músico o confunde entre ser o astro ou o servo, sendo "ponta de lança" (MONS. JONAS)estão expostos a vaidade e como a música tem esse dom de abrir os corações para que a Palavra opere a graça de Deus, se envaidessem quando as coisas dão certo achando que são bons, quando na verdade é pura graça de Deus; quando dá errado não aceitam a crítica característica do espírito jovem e irreverente; quando o louvor é condizido por pessoas mais maduras, a coisa tende a ser diferente, para melhor, mas nem sempre pois, os maduros, se acham acima da possibilidade de se abrir para o novo.
    A maioria não aceita a formação espiritual, acham cansativa e enfadonha, Luis Carvalho da comunidade recado alerta para a vivência de oração, mais oração e menos ensaio, não que o ensaio ou a técnica não seja importante, mas a vida de oração e a fuga do pecado, via a resistência às tentações é que darão a sensibilidade necessária para colocar a música certa no momento certo, andar em obediência ao coordenador e atento ao pregador para pescar as "pistas" que o mesmo dá, ou seja que alguns dão pois nem todos os pregadores tem sensibilidade para oferecer dicas ao ministério de música durante a pregação. O principal formador do músico deve ser o coordenador do grupo que está mais próximo dele, deve participar dos ensaios, propor momentos de oração, dar liberdade também para os músicos trabalharem e não chegarem com uma lista pronta de músicas para serem "executadas" durante a reunião de oração.
    Meu irmão, sei que não é fácil, muitos só pensam em criar canções e gravar cds, como tem gente aqui na região sé, trabalhando para ganhar dinheiro com música católica e compondo mesmíces, repetindo harmonias que podemos cantar 10, 20 músicas com a mesma harmonia e dizendo coisas que 500 já falaram, apelando para o emocional das pessoas, para fazer chorar, isto não é correto, na minha opinião, acho que se salva e converte pela razão e não pela emoção, a emoção é subjetiva e amanhã ou depois todo ensinamento vai por água abaixo pois fica no campo da superficialidade, agora aquilo que grava nas profundezas da alma, esta sim cria raízes como po9r exemplo uma canção bem ministrada não abre apenas o coração, escancara.
    Muita paz e amor de Jesus Cristo e a afabilidade de Nossa Senhora.
    Adilson Bueno

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    1. Obrigado irmão pelo belo comentário...
      Falta gente para fazer esta diferença... quando surgirem, acredite, as coisas começarão a mudar! Paz e fogo, amado!

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