quarta-feira, 27 de maio de 2020

A ARMADURA DE DEUS

Finalmente, irmãos, fortalei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra hones de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. Tomai, portanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever. Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. Sobretudo,  embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a Palavra de Deus.


Paz e fogo, irmãos. Fiz questão de iniciar este artigo, depois de muito pensar e orar a Deus na forma de abordagem deste tema, com a Palavra de Deus.
Usei acima a tradução da Ave Maria
, mas trabalharei o artigo com a tradução do Peregrino em muitas partes que serão informadas.
Como sempre procuro esclarecer, irmãos, este é um artigo para católico, pois usarei a doutrina católica para expor alguns pontos, portanto, quem for de outra denominação, não entenderá ou até poderá analisar a efeito de conteúdo somente, pois não dá pra aceitar uma crítica doutrinária de quem não conhece nossa doutrina. Enfim, vamos ao artigo.
Amados, por muito tempo que eu observo algumas práticas das pessoas, até com ar de piedade, mas que acabam se revelando em hipocrisia religiosa. Dão uma aparência de piedade mas são lobos vorazes que fazem as coisas para aparecerem e serem elogiados (as), reconhecidos (as), e quando vem a hora de fazer valer o que se ora e sair do âmbito da devoção para a ação devota a partir do que se diz ser, fazer ou até mesmo cumprir.
Digo isso pelos atos mecânicos que conferimos em diversos momentos do povo que se diz de oração, povo espiritual e quase anjos de tão cheios do "espírito" que são quase que intocáveis...
São Paulo encerra sua carta aos efésios falando sobre o combate espiritual que se dá aos que caminham de forma intensa com Deus. Irmãos, é  combate espiritual. (cf. V. 12)
São Paulo inicia esse final de carta dizendo: "Finalmente, irmãos...". Significa que depois de tudo o que falou em sua carta - que é a mais doutrinal de todas que escreveu - chegou a hora de travar o bom combate da fé, se fortalecendo em Deus com a consciência de que não é com os homens nossa luta, mas contra as forças espirituais espalhadas nos ares. São Paulo chega a falar que é um mundo tenebroso!
É um combate que nos obriga a nos revestir-nos com uma armadura pertencente a Deus, (Cf Efésios 6, 11) para que possamos resistir quando os dias ficarem maus e resistirmos às ciladas do inimigo ou, como diz a tradução da Bíblia do Peregrino, "Estratagemas do diabo".
Segundo o dicionário, estratagema é um termo militar que implica uma manobra, plano empregado geralmente em guerras para enganar, confundir o inimigo.
Portanto, o inimigo quer nos confundir, enganar de forma estratégica nosso caminhar com Deus.
Para que isso não ocorra, São Paulo nos oferece uma armadura própria para esse combate específico.
A Armadura de Deus ou Armadura do Cristão como é chamada, se tornou uma  passagem bíblica orada e recitada em momentos de oração, intercessão, oração por cura e/ou libertação, onde tenho visto ao longo desses mais de 20 anos de caminhada, essa oração ser apenas uma repetição das palavras bíblicas, sem a essência bíblica que a tornou escrita, sem a essência paulina que inspirou tal oração e discernimento, pois Paulo sabia muito bem, nos combates espirituais que travou o quanto teve de se armar de Justiça, verdade, prontidão, salvação, fé e Palavra de Deus para suportar os dias maus pelos quais ele passava.
E veja, irmãos, que São Paulo era um místico pé no chão! Pois falava e vivia as coisas espirituais de forma prática na vida que levava de missionário, fundador, mas, acima de tudo, Cristão.
Ele tinha autoridade para falar desta "armadura", pois era revestido dela constantemente.
Que tal analisarmos cada peça desta armadura que contém 6 elementos de defesa e 2 de ataque, sendo que esses de ataque, um é capaz de atacar diretamente e outro serve de ataque "indireto" ou de contra-ataque.
Quero adiantar desde já, irmãos, que perceberemos o por quê de, muitas vezes, as pessoas recitarem esta passagem e mesmo assim, parece que não produz o efeito desejado quando se faz necessário.
Algumas coisas precisam ficar claras antes de iniciarmos:

1 - Esta armadura nos fortalece no combate e nos faz resistir nos dias maus
2 - Não é contra homens que lutamos, mas contra forças espirituais do mal, espalhadas nos ares
3 - Nos mantém inabaláveis no cumprimento do nosso dever em nome de Deus
4 - Nos deixa em alerta no combate

1 - "Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade..." - O verbo ‘cingir’ 
significa: ‘rodear, cercar, prender ou ligar em volta, ornar em roda, pôr à cinta, unir-se, apertar-se, chegar-se, aproximar-se’. O cinturão romano era uma espécie de saia de couro presa ao cinto e que protegia o soldado desde a cintura até os joelhos. Assim, evitavam-se os ferimentos em todo o abdomen, órgãos genitais e coxas, assim como a região lombar. Algumas vezes, lâminas de metal eram colocadas sobre o couro para aumentar a resistência aos ataques. O cinturão era perfeitamente ajustado, não deveria ficar frouxo de forma alguma, por isso o termo cingir (apertar).
    Bem, esse cinturão tinha de ser bem ajustado, logo, a VERDADE tem de ser bem ajustada quando se recita uma palavra que vem de Deus, pois é bíblica. Essa VERDADE prendia a couraça que veremos a seguir e protegia os ataques feitos aos genitais, coxas, abdômen e região lombar, pois rodeava a cintura do soldado. Portanto, é preciso ter a verdade sobre nossa vida quando entramos em combate espiritual. Como combater a mentira demoníaca sem verdade de vida? Como a mentira conseguiria segurar a justiça sendo a mentira uma forma de injustiça? Se a verdade de vida não segurar e sustentar cada passo na direção do alvo de ataque, a mentira vai "carcomendo" interiormente a vida das pessoas, pois uma mentira precisa de outra para ser sustentada. Recitar uma palavra desta, sendo ela de Deus, é afirmar que  estamos sob a
VERDADE, sem mentiras que desequilibram a armadura. Se não estivermos na VERDADE e  CINGIDOS, RODEADOS, CERCADOS, PRESOS ou LIGADOS, ORNADOS e UNIDOS com esta VERDADE, que é Cristo (cf. João 14, 6), estamos mentindo, ligados pela mentira, rodeados por ela, presos a ela, ornados com ela e que difícil constatação quando percebemos a vida das pessoas que clamam aos berros tal passagem em "oração", com a vida mentirosa e hipócrita que levam! Consequência: Ineficiência pessoal e não da Palavra.

2 - "... o corpo vestido com a couraça da justiça..." - A couraça da
justiça
é um pouco diferente de uma simples cota de malha. A cota de malha ou a couraça era de bronze para os líderes e couro para os soldados, regra geral para a proteção do corpo. Em 1 Sm 17: 5 é descrita a armadura de Golias; ele era uma exceção, pois não era líder, apenas um campeão do exército filisteu; todavia sua armadura era de bronze. A shiryôn era realmente uma couraça que protegia não apenas o peito como também as costas. Em outras partes da bíblia são descritas outras cotas de malhas que consistiam em pequenas placas de ferro costuradas a um fundo de couro. O equivalente grego chama-se thõrax = couraça.
    A couraça protegia o peito e as costas, região que abriga o coração. Um golpe acertado nessa região pode ser fatal! Então a JUSTIÇA protege o coração e as costas. A JUSTIÇA do cristão é um princípio de conduta reta que consiste em sua comunhão na morte e ressurreição de Jesus Cristo, pela qual ele começa uma nova vida no Espírito - Uma vida que ele vive em Cristo e Cristo vive nele. A Bíblia até equivale a JUSTIÇA a uma "inocência", onde a pessoa não tem culpa ou ignora a culpabilidade de atos ou até mesmo nem tem noção de alguma maldade em algo ou alguém. Sendo assim, essa JUSTIÇA que protege o peito que guarda o coração (centro do homem na bíblia), e as costas (retaguarda desprotegida), é ajustada pela VERDADE e nos protege de cometer injustiças, comprovando uma santidade a ponto de nada que não é meu ser retido por mim, e dou/devolvo aos outros o que lhes pertencem. Esse é o senso de JUSTIÇA comum que o dicionário nos oferece. Equivale, de certa forma à santidade. Quando se pede para ser revestido por esta couraça, é preciso saber que estamos nos revestindo de uma JUSTIÇA equivalente à santidade que Deus nos pede na Bíblia toda! Dá pra entender o porquê certas pessoas darem "contra-testemunho" diante de pessoas que receberam oração destas pessoas... Aconselham a JUSTIÇA mas são injustas. Estão desprovidas de proteção em seu peito e nas costas. Quando recebemos uma "punhalada nas costas", é porque estamos desprovidos da proteção da JUSTIÇA. Desprotegidos, o golpe é fatal e, se não for cuidado em tempo, nos "mata" espiritualmente através de venenos como desânimo, decepções, abatimentos e por aí vai...

3 - "... e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz..." - O texto no Grego traz, não calçados, simplesmente, mas SANDÁLIAS, que são o calçado de um evangelista itinerante, como podemos ler em Isaías 52, 7, a beleza deste calçado.
    Para um soldado do tempo de Paulo, as sandálias tinham a função de facilitar a mobilidade em combate e proteção, pelo menos superficial, dos pés. Superficial pelo fato de que sandálias não protegiam a parte de cima dos pés de forma tão boa. 
Portanto, a prontidão nos protege na evangelização, por isso, esse calçado é reservado para anunciar o Evangelho da paz, que traz a Boa notícia da Salvação em Jesus. Se não for nesse intuito, o calçado da paz não alcança sua eficácia. O problema é que nem todos estão com este calçado. Nem todos estão prontos para anunciar o Evangelho. E não digo prontos no sentido de acabados ou completos, mas prontos a todo tempo para o serviço do Anúncio do Evangelho da Paz, quer pela música, quer pela pregação, pela intercessão ou outro chamado específico que se faça necessário na sua localidade. Nem todos têm ou mostram essa disponibilidade, essa prontidão. Muitos dizem na euforia esse trecho da escritura, achando que esta repetição sem vivência terá efeito na hora do enfrentamento espiritual. Ora, mas nunca esteve disponível para ir numa casa visitar doentes, acompanhamento espiritual aos que receberam o querigma catequético (como falta isso em nossas paróquias!), não faz convite às pessoas para irem a uma missa, a um grupo de oração, retiro ou outro evento que evangelize... Ficamos na superfície. A prontidão no anúncio é disponibilidade a tempo e a destempo, como No Evangelho de Mateus 21, 18-20, onde Jesus procurou figos numa figueira, estando A CAMINHO DA CIDADE... "Junto ao caminho", diz a tradução de Bíblia do Peregrino, ou seja, quando trilhamo o caminho do serviço em qualquer instância em prol da evangelização, junto a esse "caminho", Ele procura FRUTOS... E só produz frutos a árvore cuidada - e bem cuidada! - A TODO TEMPO. Quando estamos calçados de prontidão, todo o tempo é tempo de anúncio do Evangelho da Paz com frutuosidade! Os frutos
aparecem a partir de nossa disponibilidade contínua e não esporádica! Fica a dica a quem sente o chamado a evangelizar em qualquer instância. Estar desarmado desta prontidão tem como consequência a acomodação infrutuosa e ficar acostumado à ação de Deus, onde nada fazemos, pois "Deus é quem faz e age, nada preciso fazer....". Para bom entendedor, pingo no "i" é letra!

4 -
"... Sobretudo, embraçai o escudo da fé..." - A Bíblia do Peregrino nos traz o termo "Para tudo", ao invés de sobretudo como na Ave Maria. Penso que ambas expressões se completam.
    Sobretudo, acima de qualquer coisa e para tudo, é preciso embraçar o escudo da fé. A Bíblia do Peregrino traz o a ação de "Empunhar" que significa pegar pelo punho ou pela empunhadura, o que realmente faziam os soldados da época, onde os escudos tinham duas alças do lado interno que o soldado passava a mão até o punho sobre uma e segurava a outra com a mão, obtendo firmeza na defesa e nos contra ataques, quando possíveis. O verbo embraçar da Ave Maria, significa sustentar com os braços; sobraçar, o que também não pode ser desprezado, pois, alguns regimentos de soldados da época de São Paulo, não passavam somente o punho nas alças internas do escudo, mas iam até os cotovelos, portanto, nos braços. Tanto uma forma, como outra, favorecia a firmeza e os movimentos do soldado, mas a função primeira do escudo é a proteção contra os ataques de espadas, flechas, lanças... Enfim, os ataques dentro do campo de visão do soldado enquanto estava com o escudo em mãos. 
    Paulo especifica a função do escudo na Bíblia da Ave Maria como algo que apaga todos os dardos inflamados do Maligno.
    Então o escudo tinha de ser feito com ferro ou bronze que são materiais que resistem ao fogo.
    A Bíblia do Peregrino traz o termo "lanças incendiárias". Dardos, para nós são pequenos e cabem na mão e de fácil manuseio para ser lançado e lanças são grandes, compridas para serem atiradas contra o inimigo. 
    Os dardos, são na verdade, flechas que tinham fogo em suas pontas a fim de queimar alguma superfície atingida do inimigo, bem como as "lanças" incendiárias, cada qual em sua proporção e poderio de ataque.
    Fato é que, o escudo precisava ser resistente ao fogo. Apagar, seria no caso do fogo não se propagar ou provocar incêndio no corpo dos soldados, tirando-os de combate.
    Então a nossa fé, ao pronunciar esta frase da Sagrada Escritura, precisa estar nesse patamar de firmeza, solidez contra os ataques inflamados do diabo em nossa vida. O fogo, quando atingia um lugar que queimava, minava a resistência do inimigo atacado. Portanto, o diabo quer minar nossa fé. Minas nosso caminhar com Deus e em Deus. O diabo quer queimar nossas resistências e, quando nos encontramos numa
situação de apatia espiritual, desconfiança de Deus -  e isso tem aos montes! - certas graças, no momento do combate não acontecem, não por incapacidade de Deus, mas por causa da nossa fé abalada, ferida, queimada, sem resistência, que não nos defende de ataques protestantes, dos ataques à nossa vida com as situações que provocamos quando abrimos as brechas e por aí, as flechas, os dardos, as lanças penetram, queimam e vão nos enfraquecendo. Quando chega a hora do combate, caímos, arcados com o peso demoníaco que nos atacou ou semeado por ele em nosso caminho e fomos cultivando com o "baixar a guarda" do escudo da fé, que se baseia em Cristo Crucificado e Ressuscitado!!!! Um Deus que jamais nos abandonaria (Cf. Mateus 28, 20). Qual a consequência de não estarmos "armados" de forma coerente com este escudo? Nada daquilo que se ora acontece da forma que esperamos, mas muitas das vezes, nada acontece ou acontece de maneira oposta ou contraditória em relação à pessoa que está orando esta Palavra. Pois é preciso esforço espiritual de manter a fé empunhada em forma de defesa. Firme. Sólida. Pronta para a defesa e para o contra ataque do testemunho desta fé que nos defende dos ataques inflamados, furiosos do inimigo contra a nossa fé.


05 -
" ... 
Tomai, enfim, o capacete da salvação..." - O capacete servia de proteção da cabeça do soldado contra todo e qualquer ataque. Existiam vários tipos de capacete, conforme o regimento de soldados. Porém em comum o material seria de ferro ou bronze, os mesmos materiais do escudo e da couraça - em alguns casos - resistindo à pancadas de espada, escudo, lanças ou flechadas. Resistiam ao fogo, mas o capacete aquecido, poderia queimar a cabeça do soldado.
    A Salvação de Jesus Cristo é o que protege nossos pensamentos auto-condenatórios, maus pensamentos, questionamentos infundados da fé e doutrina.
    Irmãos, todos somos pecadores e mereceríamos a condenação eterna, não fosse a salvação conquistada por Jesus com Sua Paixão, morte e ressurreição. Portanto, nenhuma condenação tem poder contra nós se estivermos revestidos com este capacete!
    Estaremos protegidos contra as investidas acusatórias de satanás, já que estaremos num combate espiritual.
    Aceitar esta salvação de Jesus Cristo implica viver como alguém que foi salvo e não como um condenado que nada tem a perder, pois tudo já estará perdido. Este capacete blinda nossos pensamentos duvidosos acerca da fé que embraçamos e professamos. 
    Quando vejo ministros de oração, servos da RCC e de outros movimentos ou pastorais a recitarem esse trecho bíblico sem a menor convicção de sua salvação, com semblante de derrota, com medo do diabo, medo do enfrentamento espiritual, fico me questionando: 'Como podem sentir isso sendo que se revestiram da salvação de Jesus?'.
    Qual a consequência disso? Quem presencia esse tipo de atitude nossa, vai acreditar em quê se nem mesmo nós acreditamos piamente nisso?
    A pior consequência disso são as pessoas deixarem de fazer a experiência de salvação e desfrutarem das eficácias graças que dela emanam. Não tem coisa pior!

6 - "...e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus." - A espada é a
única peça de ataque propriamente dito que se possa afirmar nesta armadura. As outras denotam defesa.
    Ainda que também a espada proporcione defesa, a mesma é, primariamente destinada ao ataque direto.
    Pontiaguda e cortante para penetrar no corpo do inimigo atacado, tirando de combate ou matando com golpe certeiro. A Palavra de Deus também é cortante e pontiaguda como nos diz Hebreus 4, 12 e Luz que clareia os caminhos como nos diz o Salmo 118/119, 105 e Hebreus 4, 13. Como a espada tirava de combate ou matava os adversários, também a Bíblia tira de combate os inimigos da fé, saciando a sua fome  espiritual (Cf. Deuteronômio 8, 3 e Mateus 4, 4).
     A Palavra de Deus nos revela que é a arma ideal para defesa, ataque e contra-ataque como nos revela Mateus 4, 1-11, onde Jesus rebate nas escrituras às tentações de satanás, que inclusive, usa as mesmas escrituras para perder Jesus.
    Quem empunha a Espada do Espírito de forma correta, jamais usará a mesma a seu bel prazer e em favor próprio como fez o diabo, mas saberá defender-se e contra atacar o inimigo com sabedoria, já que é um combate espiritual, sabendo discernir corretamente um ataque espiritual de um surto emocional, uma prova de uma tribulação ou tentação, a decisão correta a ser tomada, porque? Porque é a Palavra do próprio Deus! Viva e eficaz!
    Aí está o grande problema dessa nova geração de servos, agentes pastorais e adjacentes: Até sabem da Palavra, mas não se esforçam por VIVER a Palavra, sendo a vida uma espada contra as investidas espirituais, emocionais e físicas que se sofre ao entrar em combate espiritual e, geralmente, isso acontece quando abraçamos a causa de Jesus e passamos a servi-Lo (Cf. Eclo 2, 1-3 - Ave Maria).
    Pessoas que recitam esse trecho da Escritura precisam ter consciência que não tem em mãos uma palavra de qualquer pessoa, mas do próprio Deus! A espada nos defende e ataca, contra ataca na hora da prova, porque é Viva! É Palavra de um Deus VIVO!
    Sem fundamentalismo protestante, mas com verdade contextual, onde Deus é real e não metáfora! Não é fábula! É real!
   
Pessoas que estão servindo desarmadas desse item da armadura, sem base, sem argumento real, embasadas na Palavra, onde Deus pode revelar situações, confirmar caminhos, curar pessoas... Hoje vemos as pessoas com tablets, iphones, celulares no lugar da Bíblia... Os aplicativos nesses aparelhos são apenas aplicativos... A Bíblia, nas mãos, é para se aplicar na vida!!!

    Para combater espiritualmente, é preciso se revestir de 3 virtudes: Verdade, Justiça, e Fé.
    Uma qualidade serviçal: Prontidão. Uma certeza de fé: A Salvação. E A Palavra que guia: A Bíblia.
    Não viver em mentiras ou com elas, na busca de santidade na justiça pela fé sólida e firme.
    Estar de prontidão quando Deus solicitar, na certeza da Salvação conquistada por Jesus, tendo por guia e regra de vida, a Palavra de Deus.
    É assim que se reveste desta armadura para servir a Deus e se enfrenta combates espirituais que a vida em Deus nos proporciona.
    Dizer isso de forma mecânica e sem essência não funciona e não frutifica.
    "Ah, Lucio, mas Deus age com misericórdia por causa das almas que não têm nada a ver com o contra testemunho das pessoas...". Até quando teremos de ouvir frases assim, que mostram descompromisso de mudança, acomodação e relaxo espiritual sem tamanho?
    Ninguém duvida da misericórdia de Deus! Isso não significa que não devemos ter consciência e essência no que e como fazemos em nome de Deus e para Deus! O problema é fazer as coisas para Ele de qualquer jeito, achando estar tudo bem e que Deus aprova tudo que é tipo de conduta contrária ao que Ele mesmo recomenda em Sua Palavra! Isso não é moralismo ou coisa que se valha, mas coerência com aquilo que professamos e Àquele que dizemos servir.
    Que a partir de hoje passemos a nos VESTIR desta armadura de forma verdadeira, com essência e coerência como Deus deseja.
    Paz e fogo... Muita unção e sede de santidade!
Seu servo em Cristo, Antonio Lucio

Um comentário:

  1. Deus abençoe Irmão, gostaria de gravar em áudio este artigo e colocar para muitos ouvirem no rebanhão ou EDF.
    Faz nos refletir, qua do formos lê novamente está passagem.

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Papa Gregório X